Disco inédito de Sabotage será lançado em 17 de outubro

Disco inédito de Sabotage será lançado em 17 de outubro
O rapper Sabotage, cujo disco póstumo será lançado no dia 17 de outubro
Sabotage, cujo disco póstumo será lançado no dia 17 de outubro (Divulgação/13 Produções)

Por Redação

Um disco inédito do rapper Sabotage, morto em 2003, será lançado no dia 17 de outubro. Na data, o álbum entrará para o catálogo do Spotify, e terá transmissão ao vivo pelo Facebook da plataforma, com comentários do produtor Daniel Ganjaman, DJ Zegon, do Tropkillaz, e os músicos Tejo Damasceno e Rica Amabis, do coletivo Instituto. As informações são da Revista Noize.

“O que eu espero é ver muita gente chorando, porque está um disco emocionante. O Sabotage é impressionante. Pela primeira vez eu ouvi o disco de cabo a rabo, e é impressionante como é atual. É uma coisa datada, mas optamos por deixar assim, porque era como ele queria. Mas é louco como ele estava à frente do tempo. Eu vejo traços do que está acontecendo agora num disco feito há 10 anos! O Sabotage é o melhor MC que já gravei, sem sombra de dúvida”, disse Ganjaman em entrevista à Revista Sexy, no ano passado.

Parceiro antigo de Mauro Mateus dos Santos, Ganjaman produziu as 11 faixas inéditas que farão parte do disco, cuja direção musical também é assinada por Tejo Damasceno e Rica Amabis. Os filhos do rapper, Wanderson e Tamires, também colaboraram com o projeto e fizeram os vocais para a faixa “Mosquito”. Há também participações de Céu, BNegão e Dexter. Todos os produtores e artistas envolvidos no projeto abriram mão do cachê para que a renda do disco fosse destinada à família do rapper.

Sabotage é considerado um dos expoentes da segunda onda do rap nacional, sucessor de Thaíde & DJ Hum, Código 13, MC Jack, DJ Ninja e O Credo. São de sua autoria sucessos como “Um bom lugar”, “Mun-Rá” e “Respeito é pra quem tem”. Na edição 183 da Revista CULT, o jornalista Jotabê Medeiros relembrou a trajetória do gênero no Brasil no texto As três vidas do rap”. Há três anos, o rapper ganhou uma biografia assinada por Toni C. “Sabotage deixou de ser o negro invisível, o favelado sem estudo da periferia, para ocupar um lugar na cultura brasileira”, disse, em entrevista à CULT em 2013.

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