Da Índia – em canarês
O Escritor Indiano Vivek Shanbhag (Divulgação)
Passei todo o mês de janeiro de 2024 na residência literária Sangam House, no sul da Índia, em Bangalore (capital do estado de Carnataca). Durante esse período, perguntei em diversas ocasiões qual escritor local eu deveria ler; e a resposta era quase sempre invariável: Vivek Shanbhag. Autor do célebre ಘಾಚರ್ ಘೋಚರ್ , publicado em 2013, em canarês (uma das 23 línguas oficiais da Índia – com alfabeto próprio), Shanbhag havia acabado de lançar a tradução para o inglês de ಸಕೀನಾಳ ಮುತ್ತು .
Em uma livraria de rua, Blossom Book House, que mistura livros novos e usados (disposição comum em Bangalore), localizada na movimentada Church Street (com lojas, restaurantes e – dentro dos limites do que se encontra na cidade – algum agito noturno), comprei os dois livros: a brochura de Ghachar ghochar, em edição indiana da Harper Perennial; e a edição, também indiana, da Penguin Vintage, em capa dura, de Sakina’s Kiss. Ambos traduzidos para o inglês por Srinath Peur. Sakina’s Kiss, de quebra, veio com um nome autografado: em canarês, presumo; e, curiosamente, não sei distinguir se é o nome do autor ou do tradutor.
Ainda na Sangam House, resolvi começar por Ghachar ghochar – que começa, por sua vez, dentro de um espaço ficcional chamado Coffee House: Vincent é um garçom do Coffee House/Café; segundo fui informado, o estabelecimento seria baseado em um restaurante real (em um dos extremos da já mencionada Church Street, esquina com a St. Mark’s Rd.) chamado Koshy’s. Terminei a leitura d
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