As transições de Cristovão Tezza

As transições de Cristovão Tezza
O escritor Cristovão Tezza (Divulgação)
  Pouco depois que a CULT foi criada, em 1997, Cristovão Tezza lançou o romance Breve espaço entre cor e sombra (1998) – que acaba de ser reeditado com título mais sintético, Breve espaço. Nascido em Santa Catarina, mas há muito tempo radicado em Curitiba (cidade que se tornou uma das personagens centrais de sua ficção), Tezza já era um escritor de obra extensa e reconhecida. A partir do romance O filho eterno, porém, ele cria uma nova perspectiva narrativa, que, em entrevistas, debates e conversas informais, costuma chamar de “realismo reflexivo” – definição certeira de um autor que, mesmo tendo abandonado o ensino de língua na Universidade Federal do Paraná, também atua como crítico literário, ensaísta e, mais recentemente, como cronista de jornal. Poucos escritores brasileiros, aliás, têm a consciência literária de Cristovão Tezza, que em O espírito da prosa (2012) recensou seu próprio percurso formativo não como necessidade de explicar sua literatura, mas de firmar o ponto de vista de que a ficção vive “vozes alheias” – na contramão do autocentramento e da intransitividade de boa parte da prosa do século 20, por trás da qual o ensaísta identifica a crença de escritores e teóricos de que teriam encontrado o núcleo duro da poética (para além dos gêneros), fazendo da linguagem uma finalidade em si mesma.  É sobre essas diferentes vozes, presente não apenas em seus romances, mas também nos diferentes gêneros que pratica, que Cristovão Tezza fala nessa conversa com a revista que, em seus 18 anos, teve o escr

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