Essas mulheres: Alice Ruiz

Essas mulheres: Alice Ruiz
A poeta Alice Ruiz: "Não vejo a poesia como profissão e, sim, como expressão, como força para continuar" (Reprodução)
  A poeta Alice Ruiz nasceu em Curitiba, em janeiro de 1946. Começou a escrever aos nove anos. Primeiro vieram os contos, depois os poemas. O tom coloquial da poesia de Mario Quintana, cujos livros ela encontrou um dia na biblioteca da escola, foi a primeira grande paixão da escritora na literatura. “Comecei a fazer poesia sem nem saber que aquilo era poesia. Escrevia de acordo com os clássicos que me apresentavam no colégio. Portanto, com características muito diferentes do que eu produzia”, lembra Alice, que ficou conhecida por seus hai-kais, poemas de origem japonesa, estruturados em 17 sílabas poéticas, ou sons, divididas em três frases: Rede ao vento se torce de saudade sem você dentro Publicitária, Alice começou a publicar aos 26 anos, em revistas culturais. Ainda não eram poemas, mas ensaios feministas sobre a condição da mulher na sociedade. “Vivo da escrita há anos, mas não exatamente de poesia. Fui publicitária por décadas. Escrevi roteiros de histórias em quadrinhos. Escrevi artigos para revistas. E dou aula de escrita e palestras sobre a escrita”, conta Alice. Seu primeiro leitor foi o companheiro e também poeta Paulo Leminski, com quem viveu durante vinte anos e é o pai de seus três filhos. Mas como é próprio desconfiar dos elogios da pessoa por quem se está apaixonado, foi Décio Pignatari o primeiro escritor a legitimar o valor da obra de Alice. Admirado pelos textos que a amiga lhe mostrou, Décio publicou os poemas de Alice na revista Através. “Não vejo a poesia como profissão e, sim, como expressão, como fo

Assine a Revista Cult e
tenha acesso a conteúdos exclusivos
Assinar »

Novembro

TV Cult