Por entre a música, a luz e as sombras de um outsider
Edição do mêsLápide de Nick Drake num cemitério de Tanworth-In-Arden (Foto: David DiLillo)
Com um portfólio encorpado por participações em exposições coletivas no MoMa e uma profusão de projetos semeados numa miríade de galerias, museus e festivais, o jovem artista multimídia nova-iorquino David DiLillo (nascido em 1988, tem hoje a mesma idade com a qual Drake morreu) demonstra com seu trabalho uma maturidade estética de quem já caminhou muito. Sua trajetória conta com uma produção fotográfica na qual a ausência é um elemento constante. Suas imagens lembram em algum momento o olhar do fotógrafo curitibano Pedro do Rosário Neto – que também morreu precocemente e tinha em Drake uma referência muito forte.
Em 2013, DiLillo levou sua câmera para Tanworth-in-Arden para produzir um foto-documentário. Three hours from London é resultado de uma incursão sinestésica pelas paisagens pastorais do vilarejo onde Nick Drake passou os mais luminosos anos de sua infância e depois os mais sombrios dias de sua desilusão quando a barra pesou. Em entrevista à CULT, DiLillo fala sobre seu processo criativo, seu amor pela folk music, Tanworth-in-Arden e, é claro, Nick Drake.
Quem descreve o local onde fica a lápide de Nick Drake em Tanworth-In-Arden sempre menciona o rumor das crianças brincando na escola da igreja de Santa Maria Madalena que fica ao lado. Parece ser um importante elemento que define essa paisagem. Como o som e a música articulam-se no seu trabalho como fotógrafo? O que você acha do trabalho de Evgen Bavcar?
David DiLillo O trabalho de Bavcar é incrivelmente evocativo e também uma experiência sensorial. Som e música
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