Professores, escolas integrais e currículo mínimo
(Foto: Divulgação)
As respostas aos desafios educacionais brasileiros passam por um tripé incontornável. Somos um dos países em que se fala de educação a todo momento. Responsabilizamos a ela a raiz de boa parte de nosso atraso; no entanto, os resultados das políticas educacionais até agora são limitados. Diria que tal limitação vem do fato de fazermos de tudo para não encarar o que, no fundo, todos sabem que deve ser feito.
Primeiro, há de se insistir que o que faz a qualidade da educação é a qualidade de seus professores. Não é um bom coordenador, um bom espaço físico ou um bom projeto que fazem uma boa escola, mas pura e simplesmente bons professores. No entanto, não é possível ter professores de qualidade se os melhores alunos de nossas universidades não querem mais ser professores. Recusa facilmente explicável, já que se trata de uma carreira brutalmente desvalorizada. Mesmo no interior do serviço público, professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio ganham normalmente menos do que profissionais com o mesmo nível de formação universitária. Não há absolutamente nada a fazer enquanto tal realidade não for modificada. Fala-se muito, por exemplo, das qualidades do ensino coreano. Devíamos começar por lembrar que um professor coreano ganha, em média, quatro vezes mais do que seus colegas brasileiros. Além disso, no ano passado, professores paulistas entraram em greve por melhores salários e planos decentes de carreira, não ganhando, porém, nenhuma atenção sensível da dita opinião pública para esse fato.
Segundo, não é possív
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