Democracia e religião
As reações de setores da opinião pública às revoltas no mundo árabe expõem um belo sistema projetivo. Pois podemos dizer que, muitas vezes, eles acabam por projetar, como se fosse exclusividade do Oriente Médio, problemas que são também nossos. Um exemplo paradigmático aqui é a relação entre política e religião.
Gostamos de acreditar que nossas sociedades ocidentais são sistemas políticos laicos, no interior dos quais a força das crenças religiosas deu lugar à possibilidade de uma confrontação eminentemente política, no mais das vezes técnica e racional. Para nós, isso representaria um ganho dos processos de modernização que ainda não teria sido alcançado pelo mundo árabe. Dessa forma, conservamos o velho esquema da supremacia cultural do Ocidente e de seu pretenso progresso histórico.
No entanto, essa versão é dificilmente sustentável. Primeiro, porque nossas sociedades não conseguiram resolver o problema de sua laicidade. Basta lembrar como a última eleição presidencial no Brasil virou um conflito a respeito de temas ligados à maneira com que dogmas religiosos relativos à família e à procriação interferem na gestão da vida social. Quem esqueceu a maneira com que candidatos à Presidência beijaram imagens de santos? Mas como ignorar que a maioria da população brasileira é católica e tem o direito de expressar suas convicções, fazer-se ouvir no momento de decidir sobre a configuração das leis do Estado? Bem, basta tirarmos a palavra
“católica” e colocarmos a palavra “muçulmana” para repetirmos o mesmo tipo de discurso veiculado por organizações como a Irmandade Muçulmana.
Mas deixemos de lado o Brasil. Lembraria que uma das perguntas tradicionais nos debates televisivos da eleição presidencial norte-americana é exatamente “qual trecho da Bíblia o senhor prefere?”. Lembraria também que a Alemanha é governada por um partido que se diz democrata-
cristão. Certamente os não cristãos não conseguem entender por que devam ser governados por um partido que diz defender os valores cristãos.
Poderíamos tentar contemporizar esse fato dizendo que o cristianismo é totalmente compatível com a democracia. Mas talvez seria mais correto afirmar que a democracia é, simplesmente, indiferente ao cristianismo (ou ao budismo, ao islamismo, ao judaísmo etc.).
O cristianismo, por sua vez, pode ser extremamente excludente, persecutório e intolerante contra aqueles que não comungam seus dogmas.
Devemos lembrar esses pontos para afirmar que a relação entre política e religião está longe de ser uma questão resolvida, tanto no Ocidente quanto no Oriente. O Oriente Médio precisará inventar um meio de equalizar esse problema, da mesma forma que nós também precisamos. Nossas conquistas nesse campo são mais frágeis do que imaginamos.
No entanto, nossa desconfiança em relação ao que se passa atualmente no Oriente Médio talvez venha, em larga medida, do medo que temos do caráter violento do fundamentalismo islâmico. Melhor seria lembrar como tal fundamentalismo é um fenômeno recente. Ele tem, no máximo, 30 anos. Países hoje com grandes contingentes de fundamentalistas, como o Afeganistão, eram, até a década de 1970, animados por lutas políticas laicas.
Nesse sentido, não esqueçamos que tal recrudescência do sentimento religioso no Oriente Médio é o resultado direto de um longo bloqueio, patrocinado pelo Ocidente, de modificações políticas nos países árabes. Desde os anos 1950, o Ocidente vem sistematicamente minando todos os movimentos políticos árabes de autodeterminação e independência. O caso da conspiração contra o líder nacionalista iraniano Mossadegh é aqui paradigmático.
Por outro lado, os regimes mais corruptos e totalitários da região foram apoiados de maneira irrestrita pelo Ocidente (Paquistão, Arábia Saudita, Jordânia, Tunísia, Egito). Ou seja, a experiência cotidiana de um árabe em relação aos valores modernizadores e democráticos ocidentais é que eles servem apenas para justificar o contrário do que pregam. Os árabes fizeram a prova do caráter formalista e “flexível” dos valores ocidentais.
Nesse ambiente de cinismo e bloqueio do campo político, o retorno à tradição religiosa com suas promessas de revitalização moral é sempre uma tendência. Foi isso que aconteceu. Ou seja, não se trata aqui de traço arcaizante nenhum típico de civilizações refratárias ao nosso “choque civilizatório”. Trata-se de um sintoma recente de bloqueio do potencial transformador do campo político. Por isso, podemos esperar que essa nova vaga de revolta política no Oriente Médio permita a reconstrução do campo político e o esvaziamento de tendências fundamentalistas.
(9) Comentários
Enquanto foi conveniente apoiar regimes corruptos, totalitários o Ocidente deu as costas para o Oriente Médio no que diz respeito a luta por implantação de uma democracia. Os modelos de administração que foram construídos, ao longo da história, teve participação dos principais países do Ocidente, interessados principalmente no petróleo. Agora não cabe reclamação.
Aboboras não dão sememtes ruins nas dicotonias das ruas
Não acredito que religião e democracia sejam capaz de caminharem juntas. Democracia está ligada a tolerância e tolerância só exite aonde não existe religião, as pessoas podem até serem religiosas mas as idéias ligadas a democracia não podem deixar que prevaleça uma determinada religião, portanto, no momento que existe uma religião que governa dixa de ser democracia, pois democracia nunca foi e nem será fruto de religiosidade e sim de um pensamento que não defenda grupos ligados a qualquer ideologia. A democracia é a maneira como as pessoas se comportam numa sociedade respeitando os valores diversos e não olerando valores que prejudique a sociedade, então isso mostr que não existe nenhuma relaçao de democracia com o Deus que alguém escolhe para melhorar a sua propira vida. A democracia, isso que dizer que não existe democracia cristã, se é cristã deixa de ser democracia porque aí já está explícito a imposição. è bom estudar e entender que nunca houve democracia quando os Deuses ou os reis que o represetava governaram o mundo, a democracia nasce de um pensamento fundamentado no ateísmo. cultivar
DESCULPE OS ERROS ORTOGRÁFICOS, NÃO TIVE TEMPO DE CORRIGIR O TEXTO FEITO TRABALHO
Desculpe senhor Saftale, mas está equivocado!
A verdade: os muçulmanos lutaram a favor da democracia, querendo se livrar do islamismo, e somente conseguiram ser enganados pelos trapaceiros islamitas, que, em vez de intalarem Democracia, instalaram Islamismo, ainda mais radical.
O que se podia esperar dos islamitas?
Trapaças e mais trapaças!
Maldita Seita Pedofilica e política, que não é religião, como alegam.
E, ainda:
Os cristãos ou membros de outras religiões enviam assassinos para matar no Oriente Médio.
Mas, os muçulmanos enviam suas facções Terroristas, sob o pretexto que são “Fundamentalistas islâmicos” para matar no Ocidente!
Porém, os muçulmanos recolhem dízimos nas Mesquitas, para o Terrorismo, então são cúmplices.
No Oriente Médio, constantemente mutilam e matam cristãos e membros de outras religiões.
Por que então, temos que os tolerar no Ocidente, se eles nos odeiam e nos chamam de “Cães Infiéis, ao Maomé”?
E somente não nos matam, porque temem as conseqüências.
Os islamitas seguem ao pé da letra, o que está escrito no CORÃO ( escrito pelo pedófilo Maomé, que chamam de Profeta), por esse motivo a PEDOFILIA é legalizada pela lei do ISLÃ.
Ainda, nesse livro Satânico que chamam de Sagrado, o CORÃO, todos os ocidentais ou orientais são considerados “Cães infiéis, ao Maomé”, e todos têm que ser convertidos aos islamismo, ou assassinados.
Nos noticiários, podemos ver o que fazem nas indefesas aldeias e pequenas cidades da África: estupram suas meninas e jovens, e matam todos os homens, para que não gerem mais: os “Cães infiéis, ao Maomé”. Em seguida obrigam as suas vítimas a colocar véu, e as transformam em islamitas, contra a vontade delas.
Depois alegam, descaradamente, que islamismo é a “religião” que mais cresce no mundo.
Entre outras atrocidades, tais como estupros de meninas e jovens, obviamente virgens, como aconteceu na Itália, entre outros países, onde estão infiltrados.
Picham todas as Igrejas nos países europeus, que os acolheram, onde podemos observar que apenas as Mesquitas, não estão pichadas. Se fosse obra de pichadores, as Mesquitas também estariam.
Depois reclamam da ISLAMOFOBIA?
E, viva a ISLAMOFOBIA, que varrerá do Ocidente e do Oriente, a chaga da humanidade, o islamismo, e sua aberrações sexuais: a pedofilia
Corrigindo em tempo:
Os cristãos e membros de outras religiões NÃO enviam assassinos para matar no Oriente Médio.
Antes de mais nada, islamismo não é uma religião, mas, uma Seita Pedofílica e política, na qual a pedofilia é legalizada por lei do Islã.
A realidade: os cristãos ou membros de outras religiões não enviam assassinos para matar no Oriente Médio.
Porém, os muçulmanos enviam suas facções Terroristas, sob o pretexto que são “Fundamentalistas Islâmicos”, para matar no Ocidente.
Muçulmanos recolhem dízimos nas Mesquitas, para o Terrorismo, então são cúmplices.
No Oriente Médio, constantemente, mutilam e matam cristãos e membros de outras religiões.
Por que então, temos que os tolerar na Europa e Ásia, se eles nos odeiam, e somente não nos matam, porque temem as conseqüências?
Os islamitas seguem, rigorosamente, o que está escrito no CORÃO ( escrito pelo pedófilo Maomé, que chamam de Profeta), por esse motivo a PEDOFILIA é legalizada pela lei do ISLÃ.
Também, nesse livro satânico que chamam de sagrado, o CORÃO, está escrito que todos têm que serem convertidos aos islamismo, ou serem assassinados.
Nos noticiários, poderemos saber das atrocidades que praticam nas indefesas aldeias e pequenas cidades da África: estupram suas meninas e jovens, e matam todos os homens, para que não mais procriem: os “Cães Infiéis, ao Maomé” (como chamam todos que não são muçulmanos). Em seguida obrigam suas vítimas a colocar o véu, e as transformam em muçulmanas, contra a vontade delas.
Depois alegam, decaradamente, que islamismo é a “religião” que mais cresce no mundo.
Entre outras perversidades: estupros de mais de seicentas meninas e adolecentes, obviamente virgens, como foi amplamente divulgado na Itália. Em outros países europeus, onde estão infiltrados, acontece a mesma coisa.
Ainda, picham todas as Igrejas nos países europeus, que os acolheram, onde podemos observar que apenas as Mesquitas, não estão pichadas. Se fosse obra de pichadores, as Mesquitas também estariam.
Depois reclamam da ISLAMOFOBIA?
E, viva a ISLAMOFOBIA, que varrerá do Ocidente, a chaga da humanidade, o islamismo, e suas perversões sexuais: a pedofilia
Obs.: a China comandará a NOVA ORDEM MUNDIAL, e resolverá esse problemas, rapidamente.
Muito bom discurso a respeito da política do mundo atual, da forma como o peso que a cultura cristã ocidental ganhou, ao longo da história, não deixa de influenciar na política contemporânea. Política essa, laica, que, sendo tal, constitucionalmente, faz admitir essa hegemonia político-cristã em relação ao laicismo.
Mas é difícil a existência de uma politica independente dos laços culturais da sociedade,já que a própria política, de forma tal, é o reflexo da cultura, sendo assim uma política sem influências religiosas seria uma política independente da cultura da sociedade e não vejo possibilidades para tanto. observando que a religião é algo inecessário para cultura ou vice versa.