8 Pequenas tristezas do dia a dia e um desejo diferente
- Triste ver que filmes são vistos apenas porque ganharam prêmios.
- Triste ver o leitor que se pauta pelos livros mais vendidos.
- Triste ver o ouvinte que se pauta pelas músicas mais tocadas.
- Triste ver quem se veste com a roupa “que todo mundo tá usando”.
- Triste ver quem batiza o próprio filho com o nome da personagem da novela.
- Triste que qualquer “tendência dominante” se torne dominante apenas porque é repetida.
- Triste ver a inconsciência do dono prepotente da verdade.
- Triste a falta de pensamento sobre o que se faz e o que se vive.
- Bom pensar que ainda há algo a ser descoberto e que se chama liberdade, sinceridade, dignidade.
(23) Comentários
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Bom saber que não estamos sós (na alegria e na tristeza).
Marcia, concordo em gênero, número e grau… o mundo anda plastificado e linear… as pessoas precisam descobrir e aprender a gostar de suas diferenças que as tornam unicas! bjs!
Tudo que vc escreveu tem sentido e é verdade,são muitas tristeza,mas deixo para vc meu vídeo que não foi listado entre os mais vendidos, ou deu em nota de jornal algum.
http://www.youtube.com/watch?v=cJtO7w28QX0&feature=youtu.be
Uma linguagem-comum. Bem prático. Tomara que a massa “triste” leia e, ao menos, se reconheça.
Você paga o arquiteto pra fazer sua casa com a cara dele (não com a sua cara), usa roupas desenhadas por estilistas renomados, viaja pra onde todo mundo vai, fala sobre os mesmos assuntos, dança as mesmas músicas, come a mesma coisa de todos, quer ter o tanto de filhos que todo mundo tem, o emprego que a maioria sonha, o marido/a mulher que todos desejam, o carro do ano, o melhor celular. É tanto desejo repetido, é tanta gente com a mesma cara e por isso é tão fácil abusar das coisas, das pessoas. Enquanto isso o vazio toma conta da existência. É muito triste e chega a ser desesperador, às vezes, mas há que se ter esperanças. Pode ter certeza, querida Márcia, que você é uma pessoa que me traz esperanças.
muito bem listados os tópicos, Florinha!
triste que pouca gente se conscientize disto…
beijo
o seu cartão de visitas, as suas palavras a cerca da sinceridade foi o que me melhor me aconteceu nesse ano.
Essa lista sintetizou algumas de minhas tristezas…
Gostei bastante!
Sendo assim, tendemos à desolação! Estamos fadados a tristeza plena! Há muito fomos tragados pelo todo, para fora da minha porta quase não conheço indivíduos. Todos são muito parecidos! Pior, trata-se de um processo irreversível. Até mesmo quem manobra a massa é apenas parte da engrenagem. Ficamos assim para sofrer menos! Se realizo meu desejo à moda de todos minha alegria é plena, se sou contrariada, o desejo não era meu mesmo… Apenas na dor somos originais e ela é tão indisfarsável quanto intransferível. Por isto está todo mundo saindo de si, e entrando no nós. Para fazer de conta que está tudo bem! Que o problema nem existe. Quando sou tomada por uma onda pré-coformista desta, recorro a indivíduos que pensam, por exemplo, “A humildade é a mais dura das peles.” ou “E se eu pretendesse a memória, não seria um direito inventá-la?” ou apenas um “Bom encontrar no outro o melhor de nós.” É isto, acredito, ainda, que a alegria do um suplantará a apatia geral!
QUE bom que voce existe, querida Marcia.
O mais triste é ler isso e perceber que em diversas situações vc acaba, sem perceber, fazendo parte desta maioria que se deixa dominar por aquilo que é dominante…
Triste é ver um tanto de gente com saúde e com a vida boa, reclamar de coisas banais, tipo: “nossa, é um absurdo aqui não ter água gelada!” Dá vontade de mandar à M#@$a e lembrar das pessoas que nem água potável tem pra beber… Aliás, nem é triste, dá mesmo é uma certa raiva e vontade de dizer poucas e boas pra ver se a pessoa se toca!
Márcia, é bem por aí mesmo. A palavra “triste” consegue expressar a nossa compaixão diante do massificado. Alguns estão a caminho da consciência – ou pelo menos se esforçam um pouquinho para não serem devorados pelo senso comum.
Tudo o que lembra essa necessidade de ser rebanho é triste, né?
Mas existimos nós também. E “somos um bando e muitos outros”…
Cada um “sabe” as escolhas que faz.
Posso até não concordar com essas escolhas + respeito.
Também é triste não apontar soluções.
Sim, é triste saber que filmes são vistos apenas pelos prêmios que ganharam, e músicas porque são mais tocadas, e livros porque são mais vendidos. Mas isso parece acusatório e não tira o valor de um filme ganhar prêmios por ser bem realizado, e nem de prêmios existirem para valorizar os filmes bem produzidos. É o discurso filosófico da prática, o objetivo, versus o subjetivo. O objetivo sempre exclui, delimita, é do caráter da objetivade. Todas as tristezas listadas são práticas – coisas que vemos, quantificamos. A subjetividade inclui, mas não possui muitas vezes o pragmático, ou foge de soluções concretas que a tornem realidade – liberdade, sinceridade, dignidade. Liberdade é poder se expressar – o que é triste, como você coloca, e como eu coloco. Liberdade é querer ouvir as músicas mais tocadas – dentre outras, ou somente elas. Não é um jogo de palavras, é tudo. É multi, dentro da regra social do respeito e do incentivo a criação artística, e não de uma ‘globalização’ – que foi, acredito, uma das suas idéias bem colocadas. Mas o mundo acelerou rápido demais, e não há freio agora, mas sim temos de acompanhá-lo. Há espaço apra tudo, como sempre, mas não há serventia para tudo. É triste? Sim, mas é rpeciso se isnerir dentro da realidade para diminuir essa tristeza, e não olhá-la e reportá-la como se fossemos estranhos seres que enxergam a verdade e a realidade – e pudessemos alertar o mundo da tristeza e aconselhá-lo a aguardar, como fazemos, por três palavras – liberdade, sicneridade e dignidade – que também estão lá dentro, não virão um dia, quem sabe. Elas são parte. Não há como separar. O mundo anda tão rápido nesse novo tempo – que é sempre novo quando é o nosso, como era novo quando era de nossos pais – que é preciso tirar o distanciamento das “pessoas que compram livros”, o distanciamento dos “filmes que ganham prêmios”, dos “prêmios que iludem os espectadores”. Dentro dessa realidade, da realdiade em que vivemos, e não da que gostaríamos, o que pode ser feito? Porque não discutir então os livros, filmes, músicas? Qual o contexto? São amis vendidos, logo, são todos ruins? Ou, se não é essa a finalidade da idéia, então são mais vendidos e têm mais destaque e por isso são manipuladores? Ou, ainda, se ganham muito destaque, tiram a possibilidade de outros livros, filmes e músicas se destacarem? Criam, assim, o gosto massificado? Cria-se, na verdade, outro problema: o de mais uma vez separar os gostos e, indo adiante, rotular tudo o que está fora de um grande circuito como cultural, autêntico e original. Perde-se, de outra forma, a liberdade.
Concordo com o César aí de cima. A ele o que é dele (rsrs piada infame).
Imaginemos o oposto, então: todas as pessoas são absolutamente diferentes e gostam de coisas absolutamente distintas. A impressão que fica é que o sucesso do outro não é um somatório de fatores. Tomemos uma música de sucesso, por exemplo: não conta o ritmo, a melodia, a tendência, o momento histórico e o gosto que une as pessoas – inclui-se aí a “acriticidade” -, também? Eu me pergunto se num mundo em que todos seriam assumida e rigorosamente diferentes não nos sentiríamos ainda mais sós do que já sentimos. A maioria dos comentários desse post reforçam esta tese: tendemos àquilo em que nos vemos.
Pra mim, o problema não é gostar da música que todos gostam, ou do filme por seus prêmios, ou da roupa da pessoa da novela que ficaria bem em mim. O problema é não buscarmos autenticidade no que já existe. Parece contraditório, mas, como pelo título do quadro brasileiro mais caro de todos os tempos, de Tarsila do Amaral, estamos nos engolindo e dando novos sentidos a nós mesmos, consumindo e ressignificando o que chega até nós, quer seja quando buscamos, quer seja quando vem até nós. Abaporuzemo-nos!
Enfim, as massas manobradas existem para que possamos refletir sobre essa nossa autenticidade perdida nelas.
Usarei este texto em sala de aula.
beijos
MK
1. Triste as pessoas não pensarem por si só.
1. Triste você ter que usar a internet para encontrar alguém conversável.
1. Triste a sociedade não ter tempo para se ouvirem e precisarem de um psicólogo para isto.
1. Triste a ignorância em que o mundo jáz, e da qual boa parte não tem o interesse de sair.
e por último triste ter que dizer que está triste em um site, porque ao se falar isto pra alguém (quando esta pessoa tem disponibilidade) e saber que nada foi conscientizado. –‘
Já que não reviso o que escrevo,correções:
e da qual,boa parte,
estar triste
desculpe-me.
****** Triste ver a inconsciência do dono prepotente da verdade. *******
Triste Mesmo. E Muito! …essa é uma tristeza que me dói.
Triste e Cansativo ouvir ou Ler os prepotentes donos da verdade com suas críticas prontas; com a infinita falta de sensibilidade para ver a verdade do outro e sabê-la bela simplesmente por ser do outro e não sua, mesmo que nem verdade seja, pois talvez nem se pretenda ser; e ainda não sendo sua, conseguir sentir o “sentir” do outro e calar-se pois que tua verdade prepotente não cabe alí. E independe de haver “soluções concretas” ou “razão de ser de qualquer coisa” da verdade que é do outro e que portanto pode deliberadamente apenas existir e findar-se em si mesma.
Bom,a verdade,que tudo que fazemos sempre vai ter pessoas que vão ter atitudes semelhantes.Verdade,gostos de ouvir,comer,falar,dançar e planejar como todo mundo.Mas cada pessoa pode fazer pequenas diferenças sobre si mesma.
Triste é ver gente pedindo a aprovação e conselhos sobre cada conceitos de sua vida,em vez de criar sua ideologias.
Triste é saber que infelizmente isso nunca terá fim. Não sei se estou sendo pessimista. Adoraria pensar como Lulu Santos em “Tempos Modernos” e ver a vida melhor no futuro…mas a realidade não é animadora!!!