8 Pequenas tristezas do dia a dia e um desejo diferente

8 Pequenas tristezas do dia a dia e um desejo diferente

 

 

  1. Triste ver que filmes são vistos apenas porque ganharam prêmios.

 

  1. Triste ver o leitor que se pauta pelos livros mais vendidos.

 

  1. Triste ver o ouvinte que se pauta pelas músicas mais tocadas.

 

  1. Triste ver quem se veste com a roupa “que todo mundo tá usando”.

 

  1. Triste ver quem batiza o próprio filho com o nome da personagem da novela.

 

  1. Triste que qualquer “tendência dominante” se torne dominante apenas porque é repetida.

 

  1. Triste ver a inconsciência do dono prepotente da verdade.

 

  1. Triste a falta de pensamento sobre o que se faz e o que se vive.

 

  1. Bom pensar que ainda há algo a ser descoberto e que se chama liberdade, sinceridade, dignidade.

 

(23) Comentários

  1. Marcia, concordo em gênero, número e grau… o mundo anda plastificado e linear… as pessoas precisam descobrir e aprender a gostar de suas diferenças que as tornam unicas! bjs!

  2. Você paga o arquiteto pra fazer sua casa com a cara dele (não com a sua cara), usa roupas desenhadas por estilistas renomados, viaja pra onde todo mundo vai, fala sobre os mesmos assuntos, dança as mesmas músicas, come a mesma coisa de todos, quer ter o tanto de filhos que todo mundo tem, o emprego que a maioria sonha, o marido/a mulher que todos desejam, o carro do ano, o melhor celular. É tanto desejo repetido, é tanta gente com a mesma cara e por isso é tão fácil abusar das coisas, das pessoas. Enquanto isso o vazio toma conta da existência. É muito triste e chega a ser desesperador, às vezes, mas há que se ter esperanças. Pode ter certeza, querida Márcia, que você é uma pessoa que me traz esperanças.

  3. o seu cartão de visitas, as suas palavras a cerca da sinceridade foi o que me melhor me aconteceu nesse ano.

  4. Sendo assim, tendemos à desolação! Estamos fadados a tristeza plena! Há muito fomos tragados pelo todo, para fora da minha porta quase não conheço indivíduos. Todos são muito parecidos! Pior, trata-se de um processo irreversível. Até mesmo quem manobra a massa é apenas parte da engrenagem. Ficamos assim para sofrer menos! Se realizo meu desejo à moda de todos minha alegria é plena, se sou contrariada, o desejo não era meu mesmo… Apenas na dor somos originais e ela é tão indisfarsável quanto intransferível. Por isto está todo mundo saindo de si, e entrando no nós. Para fazer de conta que está tudo bem! Que o problema nem existe. Quando sou tomada por uma onda pré-coformista desta, recorro a indivíduos que pensam, por exemplo, “A humildade é a mais dura das peles.”  ou “E se eu pretendesse a memória, não seria um direito inventá-la?” ou apenas um “Bom encontrar no outro o melhor de nós.” É isto, acredito, ainda, que a alegria do um suplantará a apatia geral! 

  5. O mais triste é ler isso e perceber que em diversas situações vc acaba, sem perceber, fazendo parte desta maioria que se deixa dominar por aquilo que é dominante…

  6. Triste é ver um tanto de gente com saúde e com a vida boa, reclamar de coisas banais, tipo: “nossa, é um absurdo aqui não ter água gelada!” Dá vontade de mandar à M#@$a e lembrar das pessoas que nem água potável tem pra beber… Aliás, nem é triste, dá mesmo é uma certa raiva e vontade de dizer poucas e boas pra ver se a pessoa se toca!

  7. Márcia, é bem por aí mesmo. A palavra “triste” consegue expressar a nossa compaixão diante do massificado. Alguns estão a caminho da consciência – ou pelo menos se esforçam um pouquinho para não serem devorados pelo senso comum.

  8. Também é triste não apontar soluções.
    Sim, é triste saber que filmes são vistos apenas pelos prêmios que ganharam, e músicas porque são mais tocadas, e livros porque são mais vendidos. Mas isso parece acusatório e não tira o valor de um filme ganhar prêmios por ser bem realizado, e nem de prêmios existirem para valorizar os filmes bem produzidos. É o discurso filosófico da prática, o objetivo, versus o subjetivo. O objetivo sempre exclui, delimita, é do caráter da objetivade. Todas as tristezas listadas são práticas – coisas que vemos, quantificamos. A subjetividade inclui, mas não possui muitas vezes o pragmático, ou foge de soluções concretas que a tornem realidade – liberdade, sinceridade, dignidade. Liberdade é poder se expressar – o que é triste, como você coloca, e como eu coloco. Liberdade é querer ouvir as músicas mais tocadas – dentre outras, ou somente elas. Não é um jogo de palavras, é tudo. É multi, dentro da regra social do respeito e do incentivo a criação artística, e não de uma ‘globalização’ – que foi, acredito, uma das suas idéias bem colocadas. Mas o mundo acelerou rápido demais, e não há freio agora, mas sim temos de acompanhá-lo. Há espaço apra tudo, como sempre, mas não há serventia para tudo. É triste? Sim, mas é rpeciso se isnerir dentro da realidade para diminuir essa tristeza, e não olhá-la e reportá-la como se fossemos estranhos seres que enxergam a verdade e a realidade – e pudessemos alertar o mundo da tristeza e aconselhá-lo a aguardar, como fazemos, por três palavras – liberdade, sicneridade e dignidade – que também estão lá dentro, não virão um dia, quem sabe. Elas são parte. Não há como separar. O mundo anda tão rápido nesse novo tempo – que é sempre novo quando é o nosso, como era novo quando era de nossos pais – que é preciso tirar o distanciamento das “pessoas que compram livros”, o distanciamento dos “filmes que ganham prêmios”, dos “prêmios que iludem os espectadores”. Dentro dessa realidade, da realdiade em que vivemos, e não da que gostaríamos, o que pode ser feito? Porque não discutir então os livros, filmes, músicas? Qual o contexto? São amis vendidos, logo, são todos ruins? Ou, se não é essa a finalidade da idéia, então são mais vendidos e têm mais destaque e por isso são manipuladores? Ou, ainda, se ganham muito destaque, tiram a possibilidade de outros livros, filmes e músicas se destacarem? Criam, assim, o gosto massificado? Cria-se, na verdade, outro problema: o de mais uma vez separar os gostos e, indo adiante, rotular tudo o que está fora de um grande circuito como cultural, autêntico e original. Perde-se, de outra forma, a liberdade.

  9. Concordo com o César aí de cima. A ele o que é dele (rsrs piada infame).
    Imaginemos o oposto, então: todas as pessoas são absolutamente diferentes e gostam de coisas absolutamente distintas. A impressão que fica é que o sucesso do outro não é um somatório de fatores. Tomemos uma música de sucesso, por exemplo: não conta o ritmo, a melodia, a tendência, o momento histórico e o gosto que une as pessoas – inclui-se aí a “acriticidade” -, também? Eu me pergunto se num mundo em que todos seriam assumida e rigorosamente diferentes não nos sentiríamos ainda mais sós do que já sentimos. A maioria dos comentários desse post reforçam esta tese: tendemos àquilo em que nos vemos.
    Pra mim, o problema não é gostar da música que todos gostam, ou do filme por seus prêmios, ou da roupa da pessoa da novela que ficaria bem em mim. O problema é não buscarmos autenticidade no que já existe. Parece contraditório, mas, como pelo título do quadro brasileiro mais caro de todos os tempos, de Tarsila do Amaral, estamos nos engolindo e dando novos sentidos a nós mesmos, consumindo e ressignificando o que chega até nós, quer seja quando buscamos, quer seja quando vem até nós. Abaporuzemo-nos!
    Enfim, as massas manobradas existem para que possamos refletir sobre essa nossa autenticidade perdida nelas.

  10. 1. Triste as pessoas não pensarem por si só.
    1. Triste você ter que usar a internet para encontrar alguém conversável.
    1. Triste a sociedade não ter tempo para se ouvirem e precisarem de um psicólogo para isto.
    1. Triste a ignorância em que o mundo jáz, e da qual boa parte não tem o interesse de sair.
    e por último triste ter que dizer que está triste em um site, porque ao se falar isto pra alguém (quando esta pessoa tem disponibilidade) e saber que nada foi conscientizado. –‘

  11. ****** Triste ver a inconsciência do dono prepotente da verdade. *******

    Triste Mesmo. E Muito! …essa é uma tristeza que me dói.

    Triste e Cansativo ouvir ou Ler os prepotentes donos da verdade com suas críticas prontas; com a infinita falta de sensibilidade para ver a verdade do outro e sabê-la bela simplesmente por ser do outro e não sua, mesmo que nem verdade seja, pois talvez nem se pretenda ser; e ainda não sendo sua, conseguir sentir o “sentir” do outro e calar-se pois que tua verdade prepotente não cabe alí. E independe de haver “soluções concretas” ou “razão de ser de qualquer coisa” da verdade que é do outro e que portanto pode deliberadamente apenas existir e findar-se em si mesma.

  12. Bom,a verdade,que tudo que fazemos sempre vai ter pessoas que vão ter atitudes semelhantes.Verdade,gostos de ouvir,comer,falar,dançar e planejar como todo mundo.Mas cada pessoa pode fazer pequenas diferenças sobre si mesma.
    Triste é ver gente pedindo a aprovação e conselhos sobre cada conceitos de sua vida,em vez de criar sua ideologias.

  13. Triste é saber que infelizmente isso nunca terá fim. Não sei se estou sendo pessimista. Adoraria pensar como Lulu Santos em “Tempos Modernos” e ver a vida melhor no futuro…mas a realidade não é animadora!!!

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