Dossiê | Lévi-Strauss, o criador de mito

  Claude Lévi-Strauss (1908-2009) talvez tenha sido o último pensador a granjear alcance midiático em todo o Ocidente. Em seu período de maior glória, a partir dos anos 60, destronou Sartre e serviu de farol para intelectuais do porte de Jacques Lacan e Roland Barthes. Embora discreto, concedia entrevistas a programas de televisão – à época uma grande novidade –, as quais ajudavam a reforçar sua imagem de maître à penser. O antropólogo francês é tema da polêmica biografia O Poeta no Laboratório, de Patrick Wilcken, lançada agora no Brasil e que a CULT antecipa para seus leitores. Em longa entrevista à revista, o autor fala do processo de construção do “mito” em que Lévi-Strauss acabaria por se transformar. Para ampliar a perspectiva e trazer mais elementos de reflexão, a CULT também ouviu três dos mais destacados antropólogos brasileiros, entre eles Manuela Carneiro da Cunha, da Universidade de Chicago. Já o professor da Uerj e um dos maiores críticos do país, Luiz Costa Lima, analisa a pretensão à universalidade na obra de Lévi-Strauss –muitas vezes no limiar da ciência e da arte, como afirma, criticamente, seu biógrafo. > Assine a Cult. A mais longeva revista de cultura do Brasil precisa de você