Wim Wenders ataca proposta de fechamento de museus alemães
O cineasta Wim Wenders e o poeta alemão Günter Grass assinaram, com outros demais artistas, uma carta aberta fazendo duras críticas à proposta de fechamento de museus e teatros alemães que recebem subsídios do governo, apresentada por críticos, acadêmicos e funcionários públicos ligados à cultura.
Na carta, sob o título Akademie der Künste (Academia de Artes), eles escrevem: “[Nós] protestamos contra essa…. violação de um tabu, que destrói a base do financiamento público da cultura. [É] uma tentativa inigualável para descreditar o apoio de financiamento público da cultura”. A carta também se refere a “uma exalação tardia de um pensamento neo-liberal”.
A proposta está no recente Der Kulturinfarkt (O Infarto Cultural), assinado por figuras como o sociólogo alemão Dieter Haselbach, co-diretor do centro de pesquisas culturais Think Tank, de Berlim, e especialista em consultaria em empresas públicas culturais, Helvetia Pro, diretor do fundo estatal do conselho de arte da Suiça e Stephan Opitz, funcionário do Ministério da Cultura no estado de Schleswig-Holstein, entre outros.
Em resposta à proposta de fechamento dos museus, Wiebke Ahrndt, vice-presidente da Deutscher Museumsbund , associação alemã de museus, diz: “Eles fazem velhas perguntas, mas não dão nenhuma nova resposta passível de ser utilizada, apenas polêmica”. Ele afirma, ainda, que o fechamento dos museus não resolve o problema, pois o acervo ainda precisará de cuidados.
“Essa não é uma demanda concreta, mas apenas uma proposta”, pondera Opitz.
Der Kunturinfarkt
Editora: Knaus
Páginas: 288
Preço: € 19,99
(1) Comentário
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redução de verbas para cultura, fechamento de museus, redução de incentivos para peças teatrais… tática mais que conhecida para reduzir despesas. Já vimos este filme. O Cabaré dos anos 20 é resultado de mo(vi)mento semelhante. Substitui-se o acesso à cultura pelo acesso à diversão. Espanha também já está fazendo isso. Aliás, toda Europa Falida irá seguir este caminho mais que manjado.