Privado: Utopias alvinegras

Privado: Utopias alvinegras
Manuel da Costa Pinto "Comecei a ser corintiano subornado por meu tio Armando. Quando tinha quatro anos, ele me deu um uniforme igualzinho ao do goleiro Gilmar dos Santos Neves. Virei um corintiano fanático." Foi assim que Washington Olivetto começou a se tornar um dos mais famosos torcedores do alvinegro paulista - um torcedor tão engajado que teve participação direta na chamada "democracia corintiana". "Em 1981, o Adilson Monteiro Alves leu uma entrevista na revista Status em que eu contava que era corintiano e me convidou para dirigir o marketing do clube. Eu disse que topava desde que fosse de graça e passei dois anos sem dormir, trabalhando em publicidade das oito da manhã às sete da noite e com futebol a partir daí". O envolvimento foi tão grande que muita gente pensa que foi ele quem batizou o movimento que - na mesma época em que o regime militar agonizava - relaxou a rígida disciplina do clube. Na verdade, explica Olivetto, o termo "democracia corintiana" foi cunhado pelo jornalista Juca Kfouri durante um debate na PUC no qual participavam Adilson Monteiro Alves e os jogadores Sócrates e Wladimir. De qualquer forma, ele pegou as palavras de Kfoury e criou um slogan que acabou se tornando uma espécie de contraponto futebolístico da abertura política. Neste mês, a ligação histórica de Olivetto com o Timão vai ficar ainda mais forte: a partir do dia 25, chega às livrarias o livro É preto no branco - A verdadeira história do Corinthians, escrito em parceria com o jornalista Nirlando Beirão. O título faz parte da coleção Camisa 13, da Geraç

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