Privado: Um tigre na vaselina

Privado: Um tigre na vaselina
O performático inglês da androginia, do salto alto e do glitter, David Bowie, que já passou por entre os mais distantes palcos da Terra – e de Marte –, receberá a partir de 31 de janeiro uma exposição em sua homenagem no MIS, Museu da Imagem e do Som, de São Paulo. De título homônimo ao próprio David Bowie, a mostra é organizada pelo Victoria and Albert Museum (V&A), importante museu inglês de arte e design, sendo trazida de Londres depois de ter passado somente pelo Canadá, e chega a São Paulo antes mesmo de ser disseminada pelas capitais europeias. Trata-se de uma retrospectiva com mais de trezentos itens selecionados do acervo pessoal de Bowie, entre ousados cenários e figurinos – inspirados na Pop Art de Andy Warhol, no proto-punk novaiorquino dos anos 1970 ou nos trajes de cabaret do século 19 –, desenhos e manuscritos com letras de músicas em processo de criação. Abrindo sensorialmente a experiência, a mostra ressalta também a sonoridade: músicas, videoclipes e trechos de shows ao vivo do artista serão tocados por entre os cômodos. Uma mostra paralela dos filmes que contaram com a participação do cantor também será exibida pelo MIS. Da infância no subúrbio às intervenções e influências artísticas, de Ziggy Stardust ao Thin White Duke, o legado de David Bowie é eternizado também em um livro, tradução do original feito pelo V&A e coedição entre o MIS e a editora Cosac Naify. Como é exposto logo nas primeiras páginas do livro, “David Bowie é o conteúdo”. É um instigante ícone da criatividade e da observa

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