Um palco impregnado de história
Teatro Aliança Francesa vem, há cinquenta anos, testemunhando a vitalidade da cena teatral brasileira
Em decorrência da excelente fase que atravessava a cultura no país nos anos 1960, a cidade de São Paulo assistiu, naquela década efervescente, à inauguração de inúmeros teatros. Se, em 1946, a maior reclamação da classe teatral era a escassez de casas de espetáculo – funcionavam na cidade à época, de acordo com levantamento realizado por Sábato Magaldi, apenas três teatros: o Boa Vista, o Santana e o Municipal –, cerca de duas décadas depois, esse cenário iria mudar radicalmente, quando a capital paulistana testemunhou em um único ano, 1964, o surgimento de quatro novos edifícios teatrais: o Teatro da Hebraica, o Líder, o Esplanada e o Teatro Aliança Francesa.
Inaugurado, ainda de acordo com o registro de um de nossos maiores críticos e historiadores do teatro, “com um show, em que tomaram parte Ruth de Souza, Nathalia Timberg, Jô Soares, Sérgio Cardoso e Tônia Carrero”, o Teatro Aliança Francesa viria a se transformar em um importante equipamento cultural da cidade, não somente por estar ligado às atividades de cultura e extensão promovidas por uma instituição com o estatuto pedagógico e intelectual da Aliança Francesa, mas também por ter acolhido, em seus cinquenta anos de existência, um bom número de espetáculos nacionais e estrangeiros que acabaram entrando para a história das artes cênicas no Brasil.
Na área da dramaturgia brasileira, as bem-sucedidas temporadas de Fala baixo, senão eu grito, de Leilah Assu
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