Girard perscruta as tramas shakespearianas em busca das práticas da mimese, da inveja, da amizade potencialmente rival e do desejo emulador e invejoso

O alvo para o qual se dirige a inveja é o bom, o belo, o admirável dom de um artista. A inveja quer a posse da criatividade, da aptidão que a outra pessoa tem para gerar, daquilo que há de mais secreto e singular em cada um

Será que, despida de sua carga religiosa e moral, a inveja, em sua dimensão política, não poderia ser parte de um justo sentimento de revolta e de indignação contra as desigualdades?

Em visita ao Brasil para lançar o segundo volume de “A saga dos intelectuais franceses, 1944-1989: O futuro em migalhas”, o historiador François Dosse conversou com a Cult sobre a crise das utopias, o fazer da História e o imaginar do futuro

Como a distorção e o apagamento das culturas negras no ensino desafiam o pacto por uma educação antirracista

Trinta anos depois de sua morte, as biografias do guerrilheiro mostram que ele continua povoando o imaginário das novas gerações e servindo de ícone libertário, apesar do realismo político que o fez comandar os fuzilamentos dos inimigos da Revolução Cubana

Primeira mulher negra a dirigir o Arquivo Nacional, a historiadora Ana Flávia Magalhães fala sobre memória e política arquivística sob a perspectiva da cidadania e dos direitos humanos

Esquerda e direita: pensadores examinam a gênese e a permanência do embate político fundamental que continua a movimentar a história contemporânea

Desse embate de antagonismos, ao menos uma convergência escapa – direita e esquerda são antes movimentações plurais que conceitos estanques. São direitas. São esquerdas

Na França do século 19, a metáfora espacial residia no fato de que ela dialogava com a realidade de um país profundamente dividido entre dois passados – o revolucionário e o absolutista – que ambicionavam governar o futuro