Privado: Salvador, 09 de março de 2011
Dindi,
Depois que perdi meu violão não tenho ido à praia. Sei que não posso me deixar abater por isso. E não me deixei. Apenas não encontrei outro violão pelo qual me apaixonasse. Além do mais, os vendedores de queijo coalho não estão nem mais usando o fogareiro. Assam o queijo no sol mesmo. Está um braseiro, uma fornalha, como dizia Gonzagão.
Sei que vai perguntar como foi meu carnaval. Foi ótimo. Fiquei na praça Castro Alves e vi Dodô e Osmar tocando. Eles são encantadores, maravilhosos. Levantaram mesmo o chão da praça. Os filhos do Osmar também estavam no trio.
O Caetano Veloso apareceu na barraca em que eu estava, do lado oposto ao cine Guarany. Havia um pessoal do Ilê Aiyê com ele. Você sabe o quanto sou fã dele, mas não tive coragem de pedir autógrafo.
Também, logo em seguida apareceu o trio dos Novos Baianos e ficou duelando com o de Dodô e Osmar. Fomos ao delírio. A Baby Consuelo estava linda, toda colorida. Aproveitei para paquerar um carinha que estava me olhando.
Dindi, coisa foi quando o bloco dos Corujas passou. Nunca vi tanto homem bonito junto. Eu e algumas amigas ainda trocamos uns beijos com uns integrantes. Acho que o carinha não gostou muito, pois estava com cara de quem tinha visto careta de mortalha preta.
Pra completar, o Morais Moreira resolveu tocar “Varre, Varre, Vassourinha”. Como quem está na chuva é para se molhar, arremedei uns passos de frevo junto com uns de samba e me dei bem. Suei a mortalha.
Quando o Comanche passou, o paquera se achegou, ficou mais pertinho. “Ê, ê, ê, índio quer apito, se n
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