Robert Darnton: ‘A notícia é, ela mesma, uma criação cultural’
Robert Darnton, um dos mais renomados especialistas em história da França do século 18 (Foto: Divulgação)
Nascido em Nova York em 1939, Robert Darnton graduou-se pela Universidade de Harvard, concluiu seus estudos de mestrado e doutorado na Universidade de Oxford e lecionou, de 1968 a 2007, em Princeton. Em 2007, assumiu a direção da Biblioteca de Harvard, tornando-se responsável por disponibilizar pela internet o conjunto da produção intelectual da universidade, uma das maiores e mais importantes instituições de ensino do mundo.
É autor de diversos livros, como O Iluminismo como negócio (Companhia das Letras, 1996), Poesia e polícia: redes de comunicação na Paris do século XVIII (Companhia das Letras, 2014) e O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural francesa (Graal, 1986), sua obra mais conhecida, traduzida para 19 idiomas. Em seu último livro publicado no Brasil, Censores em ação (Companhia das Letras, 2016), compara três sistemas de censura em estados autoritários: a França do Antigo Regime, a Alemanha comunista e a Índia sob o domínio colonial inglês.
Considerado um dos mais proeminentes pesquisadores da história dos livros, Darnton chega ao Brasil em agosto para participar do seminário Jornalismo: As Novas Configurações do Quarto Poder, realizado pelo Sesc São Paulo em parceria com a CULT. Na entrevista abaixo, ele fala sobre as relações entre História e Jornalismo e entre Censura e Poder. “Se a censura for tudo, ela não é nada. Por isso, eu tenho muita cautela para não trivializar este conceito”, afirma.
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