Por que amamos Paulo Leminski?

Por que amamos Paulo Leminski?
O poeta, aos 33, com a barba espessa “diluindo” o famoso bigode, capricha e relaxa na praia de São Francisco do Sul, em Santa Catarina (Foto: Dico Kremer)

 

Sucesso: a mais espantosa de todas as palavras que nos remetem ao universo da poesia de Paulo Leminski. O poeta curitibano, nascido em 1944 e morto em 1989, fez e faz muito sucesso. E a aproximação entre poesia e sucesso no caso dele pode ser expressa em números grandiosos: Toda poesia, reunião de seus livros de poesia lançada em 2013, já bateu 170 mil exemplares, apenas na edição de papel (custa 62,90 reais neste país em que um programa social que distribui 89 reais por família causa tanta alegria – e ódio). Há também edição digital vendida pela própria editora e, claro, outras formas de circulação, digamos, “não registradas”, que podem levar esse número a casas ainda mais admiráveis.

Muito antes disso, em 1983, quando Leminski, “pequeno poeta de província” até então, que circulava praticamente em autoedição em Curitiba, reuniu pela primeira vez seus poemas numa edição comercial em Caprichos & relaxos, também foi um estrondo para os padrões da poesia: várias edições em poucos anos, somando dezenas de milhares de livros. De lá pra cá, o cachorro louco sempre fez chover no piquenique de quem diz que poesia é para poucos. Leminski, sem dúvida, é para muitos.

A poesia de Leminski fez e faz a cabeça dos públicos mais diversos, não apenas do leitor habitual de poesia treinado nas artimanhas do verso e para além dele. E nada aí se deu por acaso, porque fazer a poesia chegar ao público mais amplo possível era uma das “duas obsessões” de Leminski: “a fixação doentia na ideia de inovação e a (não menos doentia) angústia quanto à comunicação” (como disse no ensaio “Teses, tesões”). É curioso que, na sequência e também em outros textos, Leminski diga que não poderia haver conciliação entre inovação (formal, de vanguarda) e comunicação (efetiva) na poesia, porque foi justamente o que fez desde seus primeiros poemas.

Leminski pensou e, à sua maneira, teorizou muito sobre essa questão (de seus Ensaios e anseios crípticos, destaco “O boom da poesia fácil” e “Tudo, de novo”), mas principalmente buscou em seus versos essa conciliação. Vem daí, por exemplo, o mergulho cada vez mais fundo no universo da canção. Leminski afirmou que a grande poesia de sua época está nos discos, não nos livros, e passou a vida fazendo parcerias musicais, algumas de bastante sucesso (com Caetano Veloso e Guilherme Arantes, entre tantos outros), e não escondia a vocação de seus poemas para saltarem dos livros para os palcos e discos. Basta lembrar a pequena nota de abertura de Caprichos & relaxos (“Aqui, poemas para lerem, em silêncio,/ o olho, o coração e a inteligência./ Poemas para dizer, em voz alta./ Poemas, letras, lyrics, para cantar./ Quais, quais, é com você, parceiro.”) ou a nota ao poema “para que leda me leia”, já em Distraídos venceremos (“Este poema já foi musicado duas vezes. Uma por Moraes Moreira, outra por Itamar Assumpção. Que tal você?”). Leminski não apenas sabia que a aproximação com a poesia dos discos levaria seus versos mais longe, mas queria que cada um de seus leitores, na verdade, fosse seu parceiro nessa travessia da página ao canto.

Não se pode dizer, contudo, que o sucesso das canções catapultou Leminski para fora dos muros altos da poesia do livro. Pelo contrário, a impressão que tenho é de que ele é um caso raro de sucesso como poeta de livro e que o interesse do público por suas investidas para além do livro (discos, vídeos, grafitti, guardanapos) e mesmo para além dos próprios livros de poesia (prosas, biografias, traduções, ensaios, resenhas, cartas) é um fruto da paixão que seus poemas despertam. O “leitor” de Leminski, a meu ver, faz o caminho contrário ao do “ouvinte” de Vinicius de Moraes: neste caso, quem admira as canções procura os livros, mas, no caso de Leminski, é a paixão pelo poema na página que joga luz sobre tudo o mais que ele fez.

No campo da poesia, Leminski é nosso “último fenômeno editorial”, como afirma Paulo Ferraz num artigo que rastreia as formas como Leminski, dentro e fora de seus poemas, lidou com a indústria cultural (“O caminho dos meios”, no livro Neste instante: novos olhares sobre a poesia brasileira dos anos 1970, org. Viviana Bosi e Renan Nuernberger). E é por isso que, agora que o poeta faria 75 anos, precisamos começar pela constatação de seu sucesso para responder a uma pergunta que me faço há mais de duas décadas, desde quando caiu em minhas mãos pela primeira vez um livro do Polaco: por que amamos Paulo Leminski?

O próprio Leminski dá alguns caminhos para pensar sobre as paixões que sua poesia desperta. Em 1986, na palestra “Poesia: paixão da linguagem” (publicada em Os sentidos da paixão, org. Adauto Novaes), ele afirma: “As línguas amam seus poetas porque, nos poetas, se realizam os seus possíveis. Um Fernando Pessoa, um Maiakóvski, um Pound, um cummings, um Cabral, um Khliebnikov, um Augusto de Campos são poetas que conduzem sua língua aos extremos limites de expressão dela, quase assim na fronteira, no abismo do incomunicável”. Antes disso, em 1985, no documentário Ervilha da fantasia, de Werner Schumann, Leminski havia formulado essa ideia de modo significativamente diferente:

“Todos os povos amam seus poetas. Eu não sei se todos os povos amam seus cientistas, mas todos os povos amam seus poetas. No Brasil, poetas como Vinicius de Moraes, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Milton Nascimento e seus parceiros são pessoas amadas. Os poetas são amados por milhões. Por que os povos amam seus poetas? É porque os povos precisam disso. Os poetas dizem uma coisa que as pessoas precisam que seja dita. O poeta não é um ser de luxo, ele não é uma excrescência ornamental, ele é uma necessidade orgânica de uma sociedade. A sociedade precisa daquilo, daquela loucura para respirar. É através da loucura dos poetas, através da ruptura que eles representam, que a sociedade respira.”

Comparando essas duas passagens, sempre me chamou atenção que, na de 1985, Leminski diz que “os povos amam seus poetas” e, como exemplo, cita poetas dos discos, ao passo que, na de 1986, ele diz que “as línguas amam seus poetas” e, aí, cita poetas dos livros. Aqui, nos livros, os poetas levam a língua ao extremo – ecoando o tema da inovação. Ali, nos discos, os poetas dizem o que o povo precisa que seja dito – tocando o tema da comunicação. Leminski, ao mergulhar em suas duas obsessões, tenta atingir a síntese entre esses dois amores – da língua e do povo – pelos poetas. Sua missão (seu sacerdócio, podemos dizer) como poeta parece se orientar o tempo todo por esse desejo de ser amado, de ser lido e adorado por muitos leitores. Se, por um lado, “poesia é um ato de amor entre o poeta e a linguagem”, por outro, é no leitor (no receptor, como Leminski diria) que esse ato de amor se completa. Isso ajuda a entender por que Leminski investiu a vida numa espécie de obra total, em que os poemas são o eixo principal de um feixe de relações com as palavras em muitas línguas, que envolve canções, ensaios (anseios), resenhas, traduções, biografias, prosa, palestras e múltiplas intervenções públicas. Nas várias faces dessa obra total encontramos um poeta dedicado à busca incansável pelo sentido, mas não menos incansável na busca pela forma de comunicação desse sentido a seu público.

Quando Leminski diz “tudo/ que/ li/ me/ irrita/ quando/ ouço/ rita/ lee”, está também insinuando que não pretende escrever poemas que fechem as portas de seus livros para o público gigantesco da “rainha do rock”. Isso não significa, entretanto, que Leminski tenha simplesmente colocado sua poesia a serviço do “pop”. É bem mais complexo que isso. Escrever poemas com a antena ligada na poesia que alcançava um público mais amplo (a poesia da música, da MPB ao rock e ao pop) fez com que Leminski encontrasse e afiasse sua forma de falar com o leitor.

Com sua companheira, a poeta Alice Ruiz, grávida da futura escritora e compositora Estrela Ruiz Leminski (Foto: Dico Kremer)
Com sua companheira, a poeta Alice Ruiz, grávida da futura escritora e compositora Estrela Ruiz Leminski (Foto: Dico Kremer)

A poesia de Leminski está longe de ser superficial, mas o poeta sempre soube, como poucos, explorar a superfície do poema – sua primeira e mais imediata camada – como um convite, um chamariz, uma isca para que o leitor caia em seu abismo. A forma concentrada, as rimas muitas vezes fáceis, o humor ligeiro, a leveza no traço – tudo isso leva o leitor para a arena de Leminski e, daí, ele não sai ileso. O poema de Leminski, efetivamente, comunica – e essa comunicação, a meu ver, começa no cuidado com que a primeira camada do poema é feita para atrair o ouvido, o olho e a inteligência do leitor, que depois vão deparar com muitas outras camadas.

No poema “Sacro lavoro”, de O ex-estranho, o poeta sintetiza suas duas obsessões – inovação e comunicação – ao afirmar que suas mãos “transformam palavras/ num misto entre o óbvio e o nunca visto”. O “óbvio” é o que permite a comunicação, a informação redundante, mas com ele vem sempre o “nunca visto”, a inovação formal e mesmo de conteúdo que o poema esconde/revela sob a camada “facilitadora”. Por mais óbvio que pareça, há sempre o nunca visto ali. Já em 1983, Leyla Perrone-Moisés notava com precisão: “Samurai e malandro, Leminski ganha a aposta do poema, ora por um golpe de lâmina, ora por um jogo de cintura. Tão rápido que nos pega de surpresa; quando menos se espera, o poema já está ali. E então o golpe ou a ginga que o produziu parece tão simples que é quase um desaforo”. E o próprio Leminski, praticante de artes marciais, gostava de se referir à sua poética em termos assim: “com a exatidão e a precisão de um golpe de karatê”, o poema seria sempre uma espécie de reação espontânea à provocação externa, que carregaria em si anos e anos de preparo, de treino, de silenciosa vigília.

Sem dúvida, essa busca por um poema que inove e comunique foi a grande paixão de Leminski. A tentação que atravessa tudo o que ele fez. Talvez por isso, em sua geração, nenhum outro poeta pensou tanto sobre poesia (em geral) e sobre sua própria poesia. Mas Leminski nunca foi o acadêmico, o tratadista, o cientista da poesia. Foi, na verdade, o “pensador selvagem” da poesia, absolutamente consumido pela tarefa de “escrever melhor, mais fundo, mais exato, mais inesquecível”.

Leminski e Alice Ruiz recebem Rita Lee na cama (Foto: Orlando Azevedo)

Tudo o que Leminski escreveu e traduziu (e traduzir, para ele, sempre foi escrever um livro próprio a partir do livro de algum autor com quem se identificava) conflui para as profundezas de sua própria criação poética e, justamente por isso, há tanto trânsito entre seus diversos livros: os poemas ecoam nos ensaios, nas biografias, nas traduções, e vice-versa. Em todos os seus gestos, Leminski estava perseguindo o poeta que queria ser. Isso explica também, em parte, que tenha influenciado tanto a recepção de sua obra, que comumente repete suas próprias palavras para defini-lo, girando em torno de imagens que ele usou para falar de si mesmo e de sua poesia, muitas vezes nos próprios poemas. Alice Ruiz, na introdução ao Ex-estranho, anota: “não há o que dizer sobre esta poesia que ela mesma já não diga”.

E essa é mesmo a sensação que temos ao frequentar sua fortuna crítica: com raras exceções, escrever sobre Leminski tem sido reafirmar a imagem que ele difundiu ao lado (e dentro) de seus poemas. As confluências entre capricho e relaxo (estampada na capa de seu principal livro), província e pop, latim e vanguarda, samurai e malandro, desbunde e erudição, entre outras, a que tanto se recorre para explicar a poesia de Leminski, foram forjadas pelo próprio poeta nas longas e frias madrugadas de Curitiba e dão o tom do que se diz sobre sua obra. (Se isso pode facilitar, de alguma maneira, o passeio pelos livros de Leminski, há sempre o risco de que não se veja para além do que o próprio poeta quis destacar – mas isso é um assunto que não cabe aqui.)

Volto à questão: por que amamos Paulo Leminski? Por que tantos leitores se apaixonam pela poesia por trás do vasto bigode que enfeitava seu rosto e agora ilustra dezenas e dezenas de milhares de capas de seu livro mais vendido? Ele diria que é pela forma como nos leva para passear – sem medo, com alegria – à beira do “abismo do incomunicável”. Ou porque respiramos mais e melhor através de sua loucura. Pode ser. Mas amamos Leminski porque ele parece o amigo que tem sempre a palavra certa para dizer quando estamos cheios de tudo, tirando-nos do apuro pela porta mais improvável, desarmando nossas certezas e limites. Hoje, 30 anos depois de sua morte, pensando no que Leminski seria aos 75 anos, acho que era isso que ele queria: que sua paixão pela poesia vivesse em cada poema e se metamorfoseasse numa paixão do leitor pela poesia – a dele, claro, mas também toda a poesia que ele amou como poucos. 

Leminski ri com o parceiro Jorge Mautner em 1989, último ano da vida do poeta (Foto: Orlando Azevedo)

 

> de dentro pra fora

Hungria, Cuba, México, Argentina, Espanha e Polônia. Desde 1994, Paulo Leminski teve nove livros publicados nestes países e, até o ano que vem, a previsão é de que também os leitores portugueses e italianos tenham acesso a obras do poeta – Toda poesia e Distraídos venceremos, respectivamente. Na Espanha, até o fim de 2020 sai Catatau e Agora é que são elas, além de uma antologia poética ainda sem título definido. Filha do escritor, responsável pelo seu espólio, Aurea Leminski, 48, diz que o interesse de editores de fora aumenta conforme Leminski ganha reconhecimento dentro do próprio país. 

Tem aumentado a procura pela obra de Paulo Leminski em outras línguas? Há décadas a obra de Leminski é referência na cultura brasileira. Sua produção literária é leitura obrigatória em cursos de Letras de vários países, como a Polônia. O interesse em traduzir a obra de Leminski tem aumentado na medida em que há reconhecimento no Brasil. Quando foi lançado, em 2013, Toda poesia ficou por meses em primeiro lugar na lista dos livros mais vendidos.

A que você atribui a redescoberta da obra dele? Leminski era um artista à frente do seu tempo. Foi precursor de um estilo de linguagem muito corrente hoje, com uma comunicação objetiva e concisa. Dizia o máximo com o mínimo. Tinha senso de humor e ironia. Era erudito e pop. Hoje é reconhecido como um autor clássico contemporâneo.

Qual é o livro do seu pai de que você mais gosta? O meu pai transitou por diversos gêneros literários: poesia, prosa, romance, ensaio, conto, biografia, tradução, e cada obra é singular e inovadora. Se eu escolhesse um livro, estaria privilegiando um gênero, e ele foi genial em todas suas facetas. Mas ele mesmo se definia essencialmente poeta, e por isso eu diria que o Toda poesia é o que mais me aproxima dele e sintetiza a sua razão de ser. (Amanda Massuela)

> bibliografia completa

Catatau (Grafipar, 1975; 2ª ed. Sulina, 1989; 3ª ed. Travessa dos Editores, 2004; 4ª ed. Iluminuras, 2010)
Quarenta clics em Curitiba (com Jack Pires; Etecetera, 1976; 2ª ed. 1990)
não fosse isso e era menos / não fosse tanto e era quase (ZAP, 1980)
Polonaises (edição do autor, 1980)
Caprichos & relaxos (Brasiliense, 1983; Círculo do Livro, 1987)
Cruz e Sousa: o negro branco (Brasiliense, 1983)
Matsuó Bashô: a lágrima do peixe (Brasiliense, 1983)
Jesus a. C. (Brasiliense, 1984)
Agora é que são elas (Brasiliense, 1984; 2ª ed. Iluminuras, 2011)
Hai-tropikai (com Alice Ruiz; Tipografia do Fundo de Ouro Preto,1985)
Leon Trotski: a paixão segundo a revolução (Brasiliense, 1986)
Anseios crípticos (Criar Edições, 1986)
Distraídos venceremos (Brasiliense, 1987)
Guerra dentro da gente (Scipione, 1988)
A lua no cinema (com Alonso Alvarez; Arte Pau-Brasil, 1989)
Vida: Cruz e Sousa, Bashô, Jesus e Trotski (Sulina, 1990; 2ª ed. Cia. das Letras, 2013)
La vie en close (Brasiliense, 1991)
Uma carta uma brasa através: cartas a Régis Bonvicino (Iluminuras, 1992; 2ª ed. com o título Envie meu dicionário, Editora 34, 1999)
Descartes com lentes (col. Buquinista, Fundação Cultural de Curitiba, 1993)
Metaformose: uma viagem pelo imaginário grego (Iluminuras, 1994)
Winterverno (com João Virmond; Fundação Cultural de Curitiba, 1994; 2ª ed. Iluminuras, 2001)
O ex-estranho (Iluminuras, 1996)
Melhores poemas (org. Fred Góes, Álvaro Marins; Global, 1996)
Ensaios e anseios crípticos (org. Alice Ruiz e Áurea Leminski; Pólo Editorial, 1997; 2ª ed. ampliada, Unicamp, 2012)
Aviso a los náufragos (trad. Rodolfo Mata; Coyoacán, Eldorado, 1997; reed. ampliada, 2006)
Anseios crípticos 2 (Criar, 2001)
Gozo fabuloso (DBA, 2004)
Leminskiana: antología variada (ed. Mario Cámara; Buenos Aires, Corregidor, 2005)
Perhappiness: antologia poética (trad. Ricardo Alberto Pérez; Havana, Torre de Letras, 2005)
Toda poesia (Companhia das Letras, 2013)
Yo iba a ser Homero (antologia bilíngue português/espanhol, org. Aníbal Cristobo; Barcelona, Kriller71, 2013)
O bicho alfabeto (com Ziraldo; Companhia das Letras, 2014)
Meu coração de polaco voltou (antologia bilíngue português/polonês, org. e trad. Piotr Kilanowski e Konrad Szczesniak; Casa de Cultura Polônia Brasil, 2015)
Afrodite: quadrinhos eróticos (com Alice Ruiz; Veneta, 2015)
Song Book Paulo Leminski (org. Estrela Ruiz Leminski; Iluminuras, 2015)
A hora da lâmina (Grafatório, 2017)
Todo me fue dado (antologia bilíngue português/espanhol; trad. José Javier Villareal; Madrid, Vaso Roto, 2018)
Un signo incompleto (antologia de ensaios; org. e trad. Iván García; Buenos Aires, Excursiones, 2018)

TARSO DE MELO é poeta e advogado, doutor em Filosofia do Direito pela USP, autor de Alguns rastros (Martelo) e Íntimo desabrigo (Alpharrabio/Dobradura)

 


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