Para russinhos/as e brasileirinhos/as
Ilustração de Fido Nesti para o livro “Contos russos juvenis”
De autores conhecidos do público brasileiro, como Tchékhov, Tolstói e Turguêniev, aos menos traduzidos por aqui, como Lídia Avílova, Lídia Tchárskaia e Sacha Tchórny, a antologia Contos russos juvenis (Kalinka), organizada por Daniela Mountian, traz 15 contos de 12 autores, perpassando um período de quase 150 anos: de 1781 a 1928.
Considerada uma das fundadoras da literatura russa infantil, a tzarina Catarina II abre o livro com seu “Conto do tsarévitche Cloro”, uma parábola que reforça os valores universais dos ideais Iluministas de sua época. Ao ser sequestrado por um rei inimigo, Cloro, o filho do tzar, precisa encontrar uma rosa sem espinhos para ser libertado, e assim vai descobrir o mundo e a si mesmo. A partir de sua inauguração com a tzarina, que escreve em 1781, a literatura russa infantojuvenil passa por diferentes momentos e propostas, que a antologia explora com autores dos mais diversos estilos e épocas.
No conto de Nikolai Leskóv, “Bobinho”, uma figura típica da cultura russa, o yuródivyi (espécie de bobo visionário), é o foco do enredo. Com “O prisioneiro do Cáucaso”, de Lev Tolstói, uma aventura de guerra serve ao escritor para transmitir os valores que considerava essenciais à instrução dos jovens. Dedicado à formação pedagógica das crianças, o autor de Guerra e paz chegou a escrever cartilhas educacionais, nas quais incluiu o conto aqui antologizado.
Os clássicos “Vanka” e “O fugitivo”, de Anton Tchékhov, também comparecem. São narrativas que, pelo olhar infantil e inocen
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