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Fotos: Divulgação

por Marília Kodic

Numa famosa rua de Buenos Aires está a cinquentenária livraria Hérnandez, com 250 mil obras. A poucas quadras dali, funciona a De La Mancha, com um acervo consideravelmente menor, mas, segundo a jornalista Adriana Marcolini, a mesma qualidade: “O dono é supercriterioso na escolha dos títulos e oferece livros realmente especiais; ele não aceita as imposições das grandes editoras”, diz.

As duas livrarias figuram entre as preferidas de Adriana, que passou um ano e meio pesquisando pela cidade para escrever o recém-lançado 50 Livrarias de Buenos Aires (Ateliê Editorial, 160 págs., R$ 35).

Questionada sobre a principal diferença em relação aos estabelecimentos brasileiros, destaca a importância do livreiro: “Lá, existe a figura desse profissional – em geral uma pessoa culta, que começou a gostar de ler no ambiente familiar. Nem sempre é o dono da livraria, às vezes é apenas um funcionário, mas é qualificado”, diz.

Confira a seguir as livrarias preferidas do antropólogo Felipe Lindoso, do quadrinista Allan Sieber e do artista urbano Alexandre Orion.

Allan Sieber, quadrinista

• Eu gosto de uma livraria aqui do Rio de Janeiro, a Folha Seca, que também é uma editora. É um lugar em que você entra e se acha um sortudo por estar lá. Acho que essa é a definição de uma boa livraria.

Alexandre Orion, multiartista

• O site da Amazon é, para mim, a melhor livraria do mundo, porque a tecnologia permite que ele seja um catálogo internacional de publicações. Você pode usar essa interface na busca de praticamente qualquer publicação em qualquer língua.

Felipe Lindoso, antropólogo e jornalista

• A Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. Confesso que às vezes a arquitetura me intimida um pouco, mas a loja é muito bem organizada e bonita, e tem uma das melhores equipes de atendimento que já encontrei.

• A Hugendubel é uma cadeia, mas a loja de Frankfurt tem uma arquitetura muito interessante, com um espaço vazado. Atendimento ótimo, mesmo para os não alemães.

• A El Ateneo, de Buenos Aires [foto acima], fica no antigo cineteatro Gran Splendid, de 1903, que virou cenário para o espetáculo dos livros, com espaços muito bem aproveitados.

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