Jung: obra em expansão
O psicanalista Carl Jung (Reprodução)
Carl Gustav Jung nasceu em 26 de julho de 1875 e morreu em 6 de junho de 1961. Em seus 85 anos de vida, fundou a Psicologia Analítica e produziu vasta bibliografia a respeito dela. Mais de meio século após sua morte, a recepção de seu trabalho ganha novas ressonâncias no século 21, após décadas de rejeição dentro de alguns círculos intelectuais. É o que dizem diversos especialistas em sua obra.
“Freud foi muito relevante para a psique do homem do século 19 e 20; Jung traz estudos que têm a ver com o homem do século 21”, afirma a professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Denise Ramos. Coordenadora do Núcleo de Estudos Junguianos da instituição, ela acredita que a teoria do suíço se adapta melhor às questões do indivíduo contemporâneo. “Freud diz que o sexo é o impulso maior para o comportamento; Jung, por sua vez, fala ao indivíduo que não vê a sexualidade como questão principal.”
Para a professora e analista, a contemporaneidade da teoria junguiana advém de seu aspecto vanguardista. “Quando Jung escreveu, estava muito à frente de seu tempo”, explica. “Sua obra dá base para a compreensão dos fenômenos universais e contemporâneos; sustenta uma interpretação atemporal.”
Baseando-se nos escritos do psiquiatra e psicoterapeuta, segundo ela, é possível trabalhar sobre diversos aspectos: cultura, política, conflitos humanos e, até mesmo, física quântica. “Mesmo pesquisadores desse campo exato têm estudado Jung para compreender a relação dos fenômenos psíquicos com os
Assine a Revista Cult e
tenha acesso a conteúdos exclusivos
Assinar »