Fábio de Souza Andrade, Elisa Lucinda e Ignácio de Loyola Brandão comentam suas leituras atuais
Fábio de Souza Andrade, professor de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP
A cena interior, de Marcel Cohen, reconstrução em retratos sóbrios, a partir de lembranças mínimas, da família do autor deportada para Auschwitz, em 1943, quando o autor, judeu parisiense, contava 5 anos, sobrevivendo apenas porque estava no parque, com a babá, no momento da invasão do seu apartamento.
O fio perdido: ensaios sobre a ficção moderna, de Jacques Rancière, que trata das implicações políticas da forma nova do romance moderno (Flaubert, Conrad, Virginia Woolf), sem descurar da poesia (Keats e Baudelaire), investigando sua abertura democrática para o “teatro dos pensamentos” desordenado da gente comum.
Elisa Lucinda, poeta, cantora e atriz
Estou lendo a obra de Carolina Maria de Jesus. Agora estou em Diário de Bitita. Estou impressionada com sua inteligência original e sua literatura moderna, até os dias de hoje. A poucas crianças pobres e negras é dado aquele conjunto de cidadania que os permita desenvolver suas habilidades, e com ela não foi diferente. Carolina, poeta, sábia por natureza, escreveu, e muito bem, sua história, apesar da vida na miséria. O Diário de Bitita, publicado pela Nova Fronteira, depois de sua morte, é encantador. Seu olhar e suas palavras produzem imagens e fazem de sua doce literatura um tapa despertador em nossa cara.
Ignácio de Loyola Brandão, contista, romancista e jornalista
Um pacote enviado por Lilia Schwarcz me encantou. Trouxe o livro Lima Barreto – triste visionário. Raras v
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