O lirismo de Rachel
Quando publicou O Quinze, em 1930, a cearense Rachel de Queiroz inscrevia seu nome no panteão da literatura brasileira. O flagelo da seca no semi-árido nordestino, bem como os conflitos sociais ali ambientados, eram captados por meio de uma prosa inovadora, o que fez da obra um marco do chamado regionalismo nordestino. Embora tivesse apenas 20 anos, aqueles não eram os primeiros escritos de Rachel. Ainda aos 17, ela já escrevia poemas, nos quais prenunciava alguns dos temas e personagens que desenvolveria mais tarde. À época, porém, não quis publicá-los e entregou os originais à amiga Alba Frota. Após a morte de Alba, em 1967, os poemas foram doados ao Instituto Moreira Salles.
Por ocasião do centenário da autora, nascida em 17 de novembro de 1910, o instituto reuniu os poemas e os traz à tona sob o título de Mandacaru. Os dez poemas que compõem o livro são acompanhados de seus respectivos fac-símiles e do prefácio de Elvia Bezerra, organizadora da edição. Para celebrar o centenário de Rachel, o Centro Cultural do IMS preparou ainda uma extensa programação, iniciada dia 17 com o lançamento do livro, passando pela realização de palestras, leituras dramáticas, exibição de filmes e uma exposição dedicada à autora.
Mandacaru
Rachel de Queiroz
IMS
160 págs. – R$ 36
(1) Comentário
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Lembro do poema de Garrone: Em meio ao mofo, rssieto ao quarto morto , muito massa. O segundo, lembro tambem, mas nao e meu, e do Joao Otavio Malheiros. Obrigado pela lembranca. Crazy times, good times.