Nova biografia mostra que Da Vinci era gay e tinha problemas de atenção
Leonardo Da Vinci (Arte: Revista CULT)
Segundo autor, genialidade do artista também vinha de seus ‘desajustes sociais’; previsão é de que livro chegue ao Brasil em outubro
O jornalista e escritor americano Walter Isaacson, conhecido pelas biografias de Steve Jobs, Einstein e Benjamin Franklin, lança em outubro um novo estudo biográfico sobre Leonardo da Vinci. Com 576 páginas, o livro confirma especulações sobre a vida do pintor renascentista, como o fato de ser gay, vegetariano e ter problemas de atenção.
Baseado principalmente nas milhares de páginas dos cadernos de anotação do artista e em recentes descobertas históricas sobre sua vida, o livro pretende mostrar a relação entre a arte e a ciência de Da Vinci.
Ex-editor da Time, Isaacson demonstra como a genialidade do artista foi construída em cima de habilidades que podem ser trabalhadas em qualquer um – observação, curiosidade e imaginação -, mas também considera seu “desajuste social” e “fragilidade humana” como fatores importantes para a construção do “gênio” Da Vinci.
“Biógrafos modernos gostam de imaginar Leonardo como um homem total, completo na mente e no corpo, enquanto as evidências, quando objetivamente consideradas, sugerem alguém que era maravilhosamente desequilibrado”, afirmou Isaacson em entrevista ao jornal digital Quartz.
Filho ilegítimo de um notário com uma escrava, Da Vinci se comunicava por meio de desenhos, já que falava apenas o dialeto toscano. Sua “escrita espelhada”, celebrada como um dos traços mais geniais de sua obra, na verdade nasceu de uma “aberração”, segundo o biógrafo: o artista teria aprendido a escrever da direita para a esquerda para não derramar tinta nas próprias roupas.
Segundo a editora Intrínseca, que comprou os direitos de publicação, a previsão é de que o livro chegue ao Brasil já em outubro, simultaneamente ao lançamento internacional.