Nietzsche e a religião

Nietzsche e a religião

Créd.: Zé Otávio

Rogério Miranda de Almeida

Todo aquele que se interrogar pela concepção de Friedrich Nietzsche com relação ao cristianismo e à religião em geral deve dar um passo a mais na sua interrogação e perguntar-se pela concepção que tem o filósofo dos valores que até então atravessaram a história da moral ocidental e a história de toda moral. Um passo a mais será ainda necessário na medida em que, para Nietzsche, o que realmente subjaz à criação e à destruição dos valores são as forças e as relações de forças que não cessam de se superar, de se recriar, de se repetir, de se renovar, de se excluir e de se incluir numa dinâmica recíproca que permeia, invade, domina e determina toda a realidade, todo o existir, todo o ser.

Com efeito, se existe um problema que acompanhou e obsedou o discípulo de Dioniso, esse foi o problema das forças e das relações de forças responsáveis pela criação e pela destruição, pela construção e pela demolição dos diferentes valores. Embora a vontade de potência só se encontre plena e explicitamente elaborada no terceiro e último período do filósofo – que, na minha leitura, começa com Aurora (1881) e se estende até os últimos escritos (1888) –, este conceito já se faz presente no primeiro período – dominado pelas análises em torno da tragédia e da cultura grega em geral – e também no segundo, com Humano, Demasiado Humano I e II (1878-1880), cuja característica principal é o deslocamento de acento para um determinado tipo de moral, a moral utilitária.

Dos três conceitos básicos de Nietzsche – a vontade de potência, o niilismo e o eterno retorno –, foram os dois primeiros que principalmente pontilharam e fundamentalmente marcaram o desenrolar e a dinâmica de seu pensamento e de sua escrita. O niilismo, que é essencialmente inerente à vontade de potência, é ambíguo na medida em que se desdobra como uma contínua destruição dos antigos valores e, simultaneamente, como uma construção de novas e imprevisíveis interpretações, valorações, significações. Recriações. Não há, pois, um demolir para depois construir; há antes uma aniquilação e uma reedificação que se fazem concomitantemente, simultaneamente, na repetição e na diferença, na satisfação e na insatisfação, no gozar e no querer-mais.

Convém ressaltar que as religiões, e o cristianismo em particular, não são sinônimos de niilismo, embora, na perspectiva de Nietzsche, não se possa conceber uma religião que não moralize e, consequentemente, não encerre uma tábua ou uma hierarquia de valores. A religião cristã e as religiões orientais não subsumem o niilismo, que é um movimento muito mais amplo e do qual, enquanto forças niilistas da decadência, estas se apresentam como expressões ou manifestações essenciais. Não se pode pensar na concepção nietzschiana do judeu-cristianismo e do budismo sem vinculá-la à sua visão da religião grega no tempo da tragédia e à crítica que, já na sua primeira fase, ele endereçara à filosofia de Schopenhauer.

Os deuses do Olimpo e o Deus judaico-cristão
Com efeito, já nos seus primeiros escritos, Nietzsche denuncia o fundo moral e as relações de forças a ele subjacentes que disputam entre si a potência sob os mais variados disfarces e os mais sublimes, nobres, elevados e espirituais atributos. Segundo Nietzsche, há basicamente dois tipos de forças: as forças que afirmam e enaltecem a vida e aquelas que, ao contrário, a denigrem, depreciam, caluniam e rebaixam. Eis a razão pela qual, já na Visão Dionisíaca do Mundo (1870) – escrito póstumo que data de dois anos antes da publicação do Nascimento da Tragédia –, o filósofo fazia ressaltar a superioridade da religião grega sobre as demais religiões, porquanto os deuses gregos que descrevem Homero, Hesíodo e Epicuro não são divindades que exprimem a indigência, a ascese ou o dever, mas, antes, criaturas que apontam para um excesso de força, de seiva e, consequentemente, para tudo aquilo que a vida tem de belo, de bom, de mau, de transbordante, de afirmativo e cruel. Os artistas que forjaram esses deuses eram, pois, senhores de uma fantasia genial que, projetando suas próprias imagens sobre o céu azul da Grécia, construíram um Olimpo onde essas formas podiam respirar o triunfo da potência juntamente com um sentimento de exuberância e justificação da existência e do mundo.

Curiosamente, num fragmento póstumo da mesma época – fim de 1869, primavera de 1870 –, Nietzsche analisa essa mesma problemática ao chamar a atenção para a figura do asceta cristão que, ao contrário do artista heleno, encarna o tipo do negador e destruidor da natureza. Para o autor de , as direções ascéticas são o que há de mais hostil e oposto à natureza e à fertilidade que esta encerra. No seu intuito e no seu trabalho subterrâneo de tudo negar e tudo emendar, elas já revelam o que realmente são: frutos enfezados e estiolados que a própria natureza se encarregou de rejeitar, porquanto ela não quer propagar uma raça ou uma espécie de depauperados e enfraquecidos. “O cristianismo só poderia triunfar num mundo degenerado”, diz Nietzsche.

A partir dessas considerações, súbito se adivinha: os deuses se apresentam para Nietzsche como reflexos da exuberância ou da indigência de um povo. De sorte que, quanto mais potente e aguerrida for uma nação, tanto mais exibirão os seus deuses as marcas da guerra, da conquista e do orgulho nacional. Inversamente, os deuses dos “bons”, dos falidos e dos fracos não terão senão sentimentos de vingança, de rancor e ressentimento contra tudo aquilo que eleva, transfigura e diz “sim” à vida. É o que Nietzsche já mostrava da maneira mais enfática no escrito de transição, Humano, Demasiado Humano I (1878). É o que ele também dirá num de seus últimos textos, O Anticristo, redigido no final de 1888 e publicado em 1895.

No parágrafo 114 de Humano, Demasiado Humano, que tem sintomaticamente por título “O Não-grego no Cristianismo”, o filósofo declara que os helenos não olhavam para os deuses homéricos como seres acima deles próprios, à maneira de senhores; não se viam tampouco abaixo dos deuses, como servos, ao modo dos judeus. “Viam como que apenas a imagem em espelho dos exemplares de sua própria casta que melhor vingaram; portanto, um ideal, não um contrário de sua própria essência.” Onde, porém, os deuses olímpicos se eclipsavam, a vida grega também se revelava mais sombria, mais inquieta e ameaçada de arruinar-se. “O cristianismo, por sua vez” – conclui o filósofo –, “esmagou e alquebrou completamente o homem, e o mergulhou como que em um profundo lamaçal.”

No Anticristo, Nietzsche verá essa mesma dialética em ação no seio do próprio judaísmo, na medida em que ele considera a época dos reis o período mais rico, mais próspero e potente da história de Israel. Consequentemente, Javé era a manifestação da consciência que este povo possuía da sua própria soberania, da sua força e alegria de viver. Portanto, através de Javé o povo esperava vitória e libertação; por meio dele depositavam confiança na natureza para que esta lhes concedesse aquilo de que mais necessitavam: chuva e uma colheita abundante. No entanto, essa época também devia chegar a um fim, ao qual Nietzsche atribui três causas principais: a anarquia interior, a ameaça assíria do exterior e a ascensão da classe sacerdotal ao poder. Gradualmente, portanto, o Deus de Israel, que até então refletia o orgulho e o amor-próprio de seu povo, viu-se reduzido a um Deus condicionado e vinculado a preceitos morais: toda felicidade era vista como uma retribuição pela obediência a Javé; todo infortúnio era, ao invés, recebido como uma punição pela desobediência a ele infligida.

Se esta é, pois, uma das perspectivas a partir das quais Nietzsche analisa a religião dos gregos e aquela que brotou do solo e do povo judeu, como então ele considera o budismo e a sua relação com a filosofia de Schopenhauer?

Schopenhauer, a tragédia e a negaçãobudista da vontade
Na época em que Nietzsche redigia O Nascimento da Tragédia – publicado em janeiro de 1872 –, ele se achava sob a quase total influência de Schopenhauer. Assim, para o discípulo de Dioniso, a sabedoria trágica reproduzia, por meio da ilusão apolínea e da música dionisíaca, a mais íntima essência do mundo, da natureza, dos homens, da vontade ou, em suma, do Uno originário. No que diz respeito especificamente à música dionisíaca, esta se apresentava como um espelho sobre o qual se refletia a própria vontade universal, que nos chega como a verdade eterna ou, mais exatamente, como a verdade que jorra do fundo ou do núcleo do Uno originário.

Sem embargo, na própria obra O Nascimento da Tragédia – e mesmo em alguns textos que a preludiam –, já se vê desenhar uma tomada de posição crítica vis-à-vis de Schopenhauer. E esta posição só tenderia a acentuar-se à medida que Nietzsche fosse também se distanciando do autor de O Mundo Como Vontade e Representação. Destarte, na seção 7 daquela obra, Nietzsche critica Schopenhauer justamente naquilo que o filósofo tem de comum com o budismo: a resignação e a negação da vontade diante do sofrimento que acarreta todo desejo. Ora, na perspectiva do discípulo de Dioniso, a consolação metafísica que suscita a tragédia, e que se encarna no coro satírico, é toda ela entretecida de gozo, o gozo na sua potência indestrutível que afirma a vida, apesar do caráter mutável do mundo fenomênico. Por conseguinte, o heleno profundo que o coro vem consolar – e que lança seu olhar sobre as forças demolidoras da natureza – corre ele também o risco de “aspirar a uma negação budística da vontade”. No entanto, a arte vem em seu socorro para redimi-lo, mas, “pela arte, é a própria vida que o redime para si mesma”.

Num fragmento póstumo do verão-outono de 1884, que faz parte de seu terceiro e último período, Nietzsche se mostrará ainda mais incisivo com relação às forças niilistas da decadência, que, por natureza, são negadoras da vida e de tudo aquilo que ela tem de fértil, de belo, de abundante, de potente, de tenso, de deleitoso e sensual. Com efeito, nada repugna mais a Nietzsche do que uma religião cuja moral recomenda a domesticação dos instintos e a supressão do prazer. Esta é “uma medida de emergência tomada por naturezas que não conhecem o critério da medida e que não têm outra escolha senão a de se tornarem libertinos e porcos, ou então ascetas”. Essas naturezas – continua o filósofo – encontraram no cristianismo e no budismo um modo de pensar que é, no mais alto grau, adaptado a toda a escória dos decadentes, dos doentes e malogrados da existência. Pode-se, pois, perdoar-lhes o fato de denegrirem um mundo onde foram malsucedidos. “Mas faz parte da nossa sabedoria considerar essas doutrinas e religiões como grandes manicômios e casas de reclusão.”

Em Para Além de Bem e Mal (1886), parágrafo 56, Nietzsche defenderá uma reflexão aprofundada sobre o pessimismo livre “da estreiteza e da simplicidade semicristã e semialemã” que, segundo ele, se exprimiram por último na filosofia de Schopenhauer. Assim, prossegue o filósofo, todo aquele que tiver lançado um olhar nos abismos do pensamento mais radicalmente negador – um olhar “para além de bem e mal e não mais, como Buda e Schopenhauer, na órbita da moral e de sua ilusão” – chegará talvez a abraçar um ideal totalmente oposto: o ideal do homem mais generoso, mais exuberante e mais afirmativo que possa existir.

Ora, conquanto o problema central da filosofia de Nietzsche esteja nas forças e nas relações de forças que não cessam de se superar e de se recriar, retorna inevitavelmente a questão: não seriam justificados todos os seus ataques contra a religião, ou as religiões, justamente por elas se apresentarem, na sua perspectiva, como as manifestações essenciais das forças niilistas da decadência?

(20) Comentários

  1. O chão é repleto de estrelas quando não levantamos os olhos para o céu humilde. De certo só sabemos que Freud não se explicaria como o niilista. Voce acertou nas tres fases de Nietzche, somente a ordem foi mal escrita. A vontade de potência só foi pensada e tornada parte de sua obra em sua última fase.
    Obviamente se entende omissão como algo, partindo de filosofo, que foi planejado para não ser pensado.

  2. O Conceito Nietzschiano acerca das religiões e das suas idiossincrasias, nos remeteá questão o tanto em que o homem deve se libertar dessas estruturas humanas e demasiadamente humanas ao ponto de procurar sobressaltar à verdadeira natureza e performance do Deus altíssimo de achar que Deus fica feliz com o enovelar-se nele. Ora, Deus, dentro de uma concepção mais abrangente não está nem aí para o homem, no que tange ao aspecto de achar que ele se preocupe com o que se pense o se racionalize acerca desse “ente”, Deus está acima de todas e quaisquer quimeras humanas, até porque, se formos analisar sob o prisma também Shopenhauriano, também, “o demasiadamente humana” desses filósofos, se esbarra numa visão simplista da Soberania de Deus…
    Nesse sentido, a ética humana e a ética de Nietzche, não passam de aforismos grotescos que se resvalam num desmedido e pobre mendigo que resvalam acerca de seus olhos, a devassidão humana, bem como a pequeneza do homem diante dum ser que já se mostrou não estar preocupado com o que pensa sobre sua natureza…

  3. Nietzsche fala “segundo o homem”. Não pode transcender a si próprio. Como pode proclamar algo “de valor”, que alguém leve em consideração, se ele próprio se desautoriza. Nietzsche está morto.

  4. O texto e Nietzsche não são doutrinas, só para lembrar, e “faz parte da nossa sabedoria considerar essas doutrinas e religiões como grandes manicômios e casas de reclusão.”

  5. Certamente Nietzsche exprime percepções humanas, metafísicas de duas épocas distantes e distintas, ressaltando que o cristianismo nasceu e estabeleceu-se em uma sociedade degenerada.
    Longe de negar que o ocaso do helenismo seria evitado se a natureza humana disso se apercebe-se, contudo o apogeu cultural do ocidente aconteceu numa era distinta e distante da sufocante e acovardadora moral vigente.

  6. A síntese da palavra permeia o mundo nietzscheano e seu modelo apolíneo nos chama à reflexão transmutativa dos valores, a nós inflingidos pelo “novo evangelho” limitador do pensamento e da morte da intelectualidade aristocrática humana. É preciso, antes de mais nada, que hajam sobretudo educadores a professores. Quanto a mim, aboli a contragosto nossos princípios dionisíacos, música e palavra, para articular um classicismo malversado na música. Por isso no final de nossas vidas nos desentendemos tristemente. Pena. Mas caro amigo minha palavra sobre sua obra também será econômica: Masterpiece! Richard Wagner.

  7. na minha modesta todavia algo polêmica opinião, achque nietzsche considerada jesus cristo eqto o único exemplo vivo de superhomem; pensem a respeito, por favor.

  8. lembrem do q zaratustra diz a respeito do filho de deus, algo como “ele morreu jovem demais”, ou ainda, em outro escrito, grosso modo “jamais critiquei cristo ele msm, senão o q fizeram com seu nome, o cristianismo, platonismo para a plebe, q fundaram.”

  9. O REFERIDO AUTOR SEQUER SE PREOCUPOU COM A RELIGIÃO .SUA PRETENSÃO É EXCLUSIVAMENTE HUMANA.OS COENTÁRIOS E O TEXTO SÃO COISA DE CULTURA DE ALMANAQUE COM REBUSCAMENTO E SEM CONTEÚDO.

  10. REVELAÇÃO/EXORTAÇÃO
    Urge difundirmos na terra, a certeza de que Jesus Cristo já vive agindo entre nós, espargindo a luz do saber em sí, criando Irmãos Espirituais, e a nova era Cristã. Eu não minto, e a Espiritualidade que esperava pela sua volta, pode comprovar que digo a verdade. Por princípio, basta recompormos as 77 letras e os 5 sinais que compõe o título do 1º. livro bíblico, assim: O PRIMEIRO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO GÊNESIS: A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA E DE TUDO O QUE NÊLES HÁ: Agora, pois, todos já podem ver que: HÁ UM HOMEM LENDO AS VERDADES DO SEU ESPÍRITO: ÊLE É O GÊNIO CRIADOR QUE ESSA AÇÃO DE CRISTO: (LC.4.21) – Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se cumpriu a escritura que acabais de ouvir: (JB.14.17) – O Espírito da verdade que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem conhece, vós o conheceis; porque Ele habita convosco e estará em vós.(MT.14.27) – Tende ânimo! Sou Eu: Não temais: (JB.2.5) – Fazei tudo o que Ele vos disser, (JB.5.27) – porque é o Filho do Homem: (JÓ.9.19) – Se se trata da força do poderoso Ele dirá: Eis-me aqui: Regozijai-vos e fazei jus ao poder que o Nosso Espírito traz às Almas Justas, para a formação da verdadeira Cristandade.

    (MT.26.24) – O FILHO DO HOMEM VAI, COMO ESTÁ ESCRITO A SEU RESPEITO, MAS AI DAQUELE POR INTERMÉDIO DE QUEM O FILHO DO HOMEM ESTÁ SENDO TRAIDO! MELHOR LHE FÔRA NÃO HAVER NASCIDO:

    E, ao recompormos as 130 letras e os 7 sinais que compõem esse texto, todos já podem ler, saber, e entender quem é o Filho do Homem:

    E O FILHO DO HOMEM É O ESPÍRITO QUE TESTA AS ALMAS DO HOMEM E DA MULHER, NA VERDADE DO SENHOR, COMO CRISTO: E EIS A PROVA QUE O FILHO DO HOMEM FOI TREINADO NA LEI CRISTÃ:

    (MC.14.41) – Chegou a hora, o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores: E hoje, quem desejar interagir conosco na obra comum da nossa criação, deve fundamentar-se n`A Bibliogênese de Israel; que já está disponível na internet (Editora Biblioteca 24×7). E quem não quiser, pode continuar vivendo de esperança vã, assistindo passivamente a agonia da vida terrena, à par da auto-destruição do nosso planeta…

  11. Este artigo sobre a religião em Nietzsche, escrito por Rogério Miranda de Almeida, ficaria ainda mais completo se fosse acompanhado da leitura de sua mais recente obra: “A fragmentação da cultura e o fim do sujeito”, edições Loyola, 2012. Livro riquíssimo, profundo e de fácil leitura. Imperdível.

  12. Este artigo, escrito numa linguagem simples, apesar da erudição e cultura universal do autor, só dá vontade de a gente se aprofundar na filosofia de Nietzsche. Aliás, o mesmo autor, Rogério Miranda de Almeida, acaba de publicar mais uma obra, intitulada: “A fragmentação da cultura e o fim do sujeito”, Edições Loyola, 2012. Recomendo a sua leitura.

  13. “Nietzsche e a religião”, tema difícil de abordar, mas que o filósofo e teólogo Rogério Miranda de Almeida consegue tornar acessível, atraente e esclarecedor. O autor desenvolve esta mesma questão, com mais profundidade e riqueza de análises, na sua obra: “Nietzsche e o paradoxo”, cap. IV. Recentemente, ele publicou mais um livro: “A fragmentação da cultura e o fim do sujeito”, Edições Loyola, 2012.

  14. Fiquei pasma com este artigo de Rogério Miranda de Almeida sobre “Nietzsche e a Religião”. Escelente! Sem comentários! Só queria mesmo era ler mais artigos deste autor.

  15. “Nietzsche e a religião”, de Rogério Miranda de Almeida. Não me canso de lê-lo. Como também não me canso de ler o seu último livro: “A fragmentação da cultura e o fim do sujeito”, obra indispensável para quem quer entender a história da civilização ocidental.

  16. Eu também, Andréia, adorei este artigo de Rogério Miranda de Almeida. A partir dele, fui ler outros artigos e livros seus e descobri coisas maravilhosas, principalmente no seu último livro: “A fragmentação da cultura e o fim do sujeito”.

  17. Concordo plenamente. Eu também adorei tanto o artigo de Rogério Miranda de Almeida, “Nietzsche e a religião”, quanto o seu último livro: “A fragmentação da cultura e o fim do sujeito”. Acho que este livro superou os anteriores. Imperdível!

  18. Eu sou o doente, o lixo a qual Nietzsche tanto tinha repugnancia. Sou burro, covarde, retardado, sem carater. Porque não me mato? Porque não ha motivo de eu me sacrificar pelos outros, porem a minha existencia não tem sequer sentido. Eu vou começar a viver uma fantasia, em ver de viver a realidade, porque só assim consigo encarar o sofrimento de existir. Na fantasia eu serei o super-homem e lerei Nietzche, mas na realidade eu sou um lixo, um doente mental.

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