A liberdade é um lugar
Edição do mêsAcervo Pessoal/Ruth Wilson Gilmore
Referência nos estudos sobre geografia carcerária, a intelectual americana Ruth Wilson Gilmore conversou com a Cult sobre a influência de W. E. B. Du Bois em sua trajetória e discorreu sobre racismo, capitalismo e processos de emancipação.
Professora da City University of New York e cofundadora de organizações de base, Gilmore é autora de Abolition Geography: Essays Towards Liberation (Verso, 2022) e Golden Gulag: Prisons, Surplus, Crisis, and Opposition in Globalizing California (University of California Press, 2007).
Quando a senhora teve contato com as obras escritas por Du Bois nos seus estudos?
Deparei com os trabalhos de Du Bois quando era muito jovem, provavelmente no começo dos anos 1960. Não tinha plena consciência de que ele havia se exilado dos Estados Unidos e estava em Gana, mas já tinha familiaridade com ele, em parte por causa do tipo de trabalho que minha família e nossa comunidade faziam na cidade onde cresci, em New Haven, Connecticut, onde compúnhamos a ala radical do movimento pela libertação negra. E o nome de Du Bois já estava lá. Alguns dos mais velhos da minha família o conheceram no início do século 20. Seus caminhos se cruzaram.
A senhora destaca a importância de Cedric Robinson em sua trajetória e formação intelectual. Qual é o lugar do autor de Marxismo negro na interpretação do pensamento de Du Bois?
Cedric Robinson foi muito querido e um mentor para mim. Ele nunca foi meu professor em sala de aula, mas aprendi com ele desde o final da década de 1980 até seu falecimento. E uma das grandes t
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