O lava-jatismo e o bolsonarismo massacram o STF

O lava-jatismo e o bolsonarismo massacram o STF
Entre lava-jatistas e bolsonaristas, disseminou-se a convicção de que o STF é o grande inimigo (Arte: Andreia Freire/Revista CULT)
  Do ponto de vista da percepção e do apreço públicos, o STF está nas cordas. E apanhando. E faz um tempinho já. Os ataques vêm de muitos lados, mas a maior e a mais contundente força é representada pelo movimento conservador de direita que, no Brasil, ganhou a forma do bolsonarismo. Como não é evidente que conservadores da direita e da extrema direita precisem considerar como adversária a corte constitucional nem a corte de apelação do país, há que se explicar mais essa idiossincrasia da política nacional. Por que diabos o bolsonarismo precisa atacar e tem atacado de forma tão consistente e agressiva tanto a credibilidade do Supremo Tribunal Federal em geral, quanto a isenção e a insuspeição de cada um dos juízes que o compõem? O punitivismo Levanto aqui duas hipóteses explicativas. A primeira parece-me mais evidente a quem segue a pauta política nacional: o STF é um estorvo para o “punitivismo”, a mentalidade segundo a qual a renovação da sociedade e da política brasileiras passa necessariamente pela punição disseminada, rápida e eficaz de todos os malfeitos e de todos os malfeitores. Grande parte do bolsonarismo nasce da convicção de que vigiar e punir resolveriam, se não tudo, ao menos 100% dos problemas nacionais. E isso se aplica a todos os âmbitos da sociedade em que o comportamento inapropriado é identificado. Crimes praticados na condução da coisa pública, atitudes e comportamentos morais considerados errados em todos os âmbitos, aí incluída a nudez em universidades públicas, crenças, convicções & esti

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