Irã expõe obras escondidas de Warhol e Lichtenstein

Irã expõe obras escondidas de Warhol e Lichtenstein
Mural on a Indian Red Ground, de Jackson Pollock

Após passar mais de 30 anos escondidas da censura no porão do Museu de Arte Contemporânea do Teerã, obras de grandes nomes como David Hockney, Roy Lichtenstein, Victor Vasarely, Richard Hamilton e Jasper Johns finalmente poderão ser vistas pelos iranianos.  Expostas na mostra Pop Art & Op Art, em cartaz na instituição, elas são parte de uma coleção composta por mais de 100 peças, segundo o jornal inglês The Guardian.

Picasso, Van Gogh, Monet, Pissarro, Renoir, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Degas e Duchamp são alguns dos sobrenomes que também figuram na coleção adquirida, durante a era pré-revolução islâmica, pela ex-rainha do Irã Farah Pahlavi. Estimulada pelo enriquecimento do país proveniente do boom do petróleo, ela comprou quase todas as peças durante os anos 1970. Também foi pelo seu intermédio que o Museu de Arte Contemporânea foi construído.

Francis Bacon,Edvard Munch, René Magritte e Mark Rothko também compõem o acervo, avaliado em R$ 5 bilhões, que tem como um de seus grandes tesouros o quadro de Pollock “Mural on a Indian Red Ground”, considerado de seus mais importantes trabalhos.

Apesar de protegida nos porões do museu, a coleção não passou incólume à revolução islâmica: um retrato de Pahlavi, feito por Warhol, foi destruído à faca e, mais recentemente, a tela “Woman III” do expressionista Willen De Kooning, avaliada em R$ 40 milhões, foi trocada por um livro histórico de poesia persa de R$12 milhões. O motivo alegado pela diretoria do museu foi que a tela de De Kooning desagradara as autoridades por “mostrar muita nudez”.

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