Internet

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Imagem de capa da página do Facebook "Lacan Caminhoneire" (Reprodução)
  A internet desafia a psicanálise ao expor a inconsistência de sua unidade: da clínica à política, passando pelas teorias, a hiperexposição de nossos fazeres e posições nos lembra que pode haver mais diferenças do que semelhanças no que se denomina e se pratica como psicanálise. A velocidade da informação, por exemplo, nos convoca a questionar a temporalidade, mesmo a partir da ideia já conhecida do “só depois”. E o novo tempo questiona seus efeitos na subjetividade do sujeito contemporâneo. Efeitos que podem inclusive ser interpretados como novas formas de mal-estar, que desafiariam a clínica diária de um analista preocupado em não formatar sua escuta apenas com quadros fixos do passado. O que, por outro lado, pode levá-lo a uma demanda diária de update – mais impossível do que o próprio psicanalisar. Não se trata, portanto, de um lugar de críticas externas conceituais ou epistemológicas, mas antes uma circulação incessante de saberes, que faz vacilar o suporte de qualquer discurso que afirme “isto é psicanálise”. Assim sendo, quem responde à pergunta: o que é psicanálise? Pensemos o que a Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (EPFCL), a Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil (SPOB), a Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBP), o Sindicato dos Psicanalistas do Estado de São Paulo (SINPESP), a Sociedade Internacional de Trilogia Analítica têm em comum? Todas têm um discurso conceitual que as sustenta, todas estão fora da universidade, todas têm seguidores, todas têm figuras de mestria e todas s

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