Guia Cult para o 24º Cultura Inglesa Festival
No dia 7/03, Caetano fala sobre o período em Londres e interpreta canções do disco "Transa" (Foto: DIvulgação)
O já tradicional festival promovido pela Associação Cultura Inglesa São Paulo chega à sua 24ª edição com a proposta de revisitar a cultura britânica e a língua inglesa pela ótica de artistas brasileiros.
Entre 06 e 28 de março, o público pode aproveitar uma programação totalmente online que, entre shows, oficinas, exibições, performances e bate-papos, traz as vanguardas digitais e as novas tendências da arte e da cultura.
“Investimos tempo em pesquisa de linguagens, buscando conteúdos impactantes e inovadores que pudessem provocar sensações e estímulo dos sentidos”, conta a gerente de Cultura e Sociedade na Cultura Inglesa, Liliane Rebelo.
A Cult mostra a seguir alguns destaques imperdíveis. Veja a programação completa aqui.
[música] Live Caetano em Londres. 07/03, às 19h
O cantor e compositor baiano conversa com o poeta Felipe Franco Munhoz sobre sua experiência na capital inglesa, no início dos anos 1970, durante a ditadura militar, e a influência desse período em sua produção artística. Ao longo do papo, o músico interpreta canções dos discos Caetano Veloso (1968) e Transa (1972).
[poesia] Um quarto todo delas. 8/03, às 21h
No Dia Internacional da Mulher, Marisa Orth e Cida Moreira reinterpretam a obra de Virginia Woolf, Gertrude Stein, Margaret Atwood, Denise Levertov e Emily Dickinson. A direção musical é de Benjamim Taubkin e a apresentação é de Natalia Barros
[cinema] Cultura Inglesa à La Carte. De 06 a 28/03, on demand
Dezesseis filmes e documentários sobre aspectos da cultura britânica podem ser assistidos de graça pelos participantes do festival na plataforma Belas Artes à La Carte através de cupom especial. Na programação, títulos como Beleza roubada (1996), de Bernardo Bertolucci.
[arte digital] Airlock. De 06 a 28/03, on demand
Criada na pandemia, a HQ live action do renomado grupo britânico Imitating The Dog explora, em três episódios, temas relacionados ao isolamento por meio das histórias de uma cosmonauta russa solitária, um escritor com bloqueio criativo e uma mulher que pensa ser a última habitante da Terra.
[dança] (Re)Versões: Darlita Albino + Beatles. De 06 a 28/03, on demand
A coreógrafa e pesquisadora das Danças Urbanas e da cultura Hip-Hop faz uma interpretação multissensorial das canções do grupo britânico mais famoso do mundo. A performance faz parte da série que homenageia grandes obras anglófonas na dança, na música e na poesia, e que abrange boa parte da programação do festival.
[infantil] Imagine você em outro lugar. De 12 a 28/03, on demand
Em uma oficina de poesia que borra os limites entre real e imaginário, a artista britânica de poesia falada Michelle Madsen leva os pequenos a criar novos mundos sem sair de casa.
[slam] 1º Slam Cultura Inglesa. De 12 a 21/03
Com curadoria da atriz, MC, slammer e diretora teatral Roberta Estrela D’Alva, a programação dedicada à poesia falada envolve um torneio digital, oficinas e talks. A britânica Joelle Taylor, poeta, dramaturga e autora premiada, ministra a masterclass “Slam e Impacto Social” e a mentoria “Encontrando a própria voz”. Taylor é fundadora do campeonato nacional de slam juvenil do Reino Unido, o SLAMbassadors.
[cinema] CIF Talks: Mudando a conversa – novas narrativas no cinema. 16/03, às 19h
O nigeriano-britânico Adeyemi Michael (Entitled, 2018) e o brasileiro Jeferson De (M8: quando a morte socorre a vida, 2019), dois premiados cineastas e realizadores, trocam ideias sobre seus processos criativos. A mediação é da curadora de cinema africano Isabel Moura Mendes.
[teatro] Help. 19 e 20/03, às 21h; 21/03, às 20h
Com texto e direção do ator e pesquisador paulista Sidney Santiago Kuanza, o espetáculo é construído pelas perspectivas de Irie, Zion e Vic, três jovens imigrantes caribenhos que, entre o delírio e a realidade, olham para o passado e imaginam o futuro a partir de uma perspectiva decolonial. Abordam temas como amor, ancestralidade e liberdade.
[música] Luedji Luna convida anaiis. 20/03, às 19h.
Além de apresentar canções dos álbuns Um corpo no mundo (2017) e Bom mesmo é estar debaixo d’água (2020), a cantora e compositora baiana mostra músicas e vídeos inéditos, frutos de um projeto de colaboração internacional com a artista franco-senegalesa baseada em Londres anaiis. A dupla se conheceu em Salvador, no início de 2020.