Mostra de capas da CULT inaugura novo prédio do Centro Universitário Maria Antonia em SP
Edição nº 1, de 1997 (Foto: Osvaldo Salas) e nº 220, de 2017 (Ilustração: Gilberto Maringoni)
Entra em cartaz na próxima semana, no Centro Universitário Maria Antonia, da Usp, a exposição CULT 20 anos – Para ver como são as coisas. A ocasião marca a inauguração do Edifício Joaquim Nabuco e encerra as comemorações de duas décadas da mais longeva revista de cultura do país – iniciadas em julho, com a publicação do livro CULT 20 anos: melhores entrevistas pela editora Autêntica.
A parceria, segundo o professor José Nicolau Gregorin Filho, vice-diretor do Maria Antonia, vem do “reconhecimento de trajetórias que se somam”, já que tanto a revista quanto o órgão de cultura e extensão da Usp têm a missão de divulgar conhecimento, cultura e arte em parceria com a pesquisa acadêmica.
“Trata-se de pessoas interessadas em cultura com a mesma generosidade – porque é generoso estender os limites da universidade e fazer dela a protagonista das nossas ações”, afirma a professora Myrna de Arruda Nascimento, diretora do espaço.
Entre as 228 edições publicadas desde julho de 1997 até outubro de 2017, a curadoria teve a tarefa de escolher vinte capas que fossem capazes de representar a diversidade de temas já trabalhados pela revista ao longo da sua trajetória.
Foram escolhidas as que, entre muitas, buscaram refletir a respeito de “problemas profundos da sociedade no nível do sentimento, das emoções ou da política”, afirma o vice-diretor. Aparecem, por exemplo, discussões sobre gênero, mídia e poder, política como encenação e sobre os caminhos da cultura brasileira.
Com essa mostra a CULT nada mais faz do que ir ao encontro de uma instituição a cuja parceria ela parece já estar destinada desde sua criação: o Centro Universitário Maria Antonia, em cujas atividades de cultura e extensão a revista se vê plenamente representada.
Instalado nos edifícios históricos da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Usp, o espaço é uma referência nacional e oferece cursos, palestras, debates e seminários, além de manter um programa com mais de vinte mostras de arte por ano. Abriga também a Biblioteca Gilda de Mello e Souza, com livros sobre artes, estética e história da arte que pertenceram à primeira docente de Estética da FFLCH-Usp.
Com uma circulação em âmbito nacional, a CULT é uma publicação conhecida por sua independência editorial – e é mantida por seus leitores, sem vínculos com leis de incentivo. De olhos fixos nos próximos vinte anos, a revista muito se orgulha de examinar o que lhe coube fazer nas duas últimas décadas.
Para que o público que transita pelas dependências do Centro Universitário Maria Antonia veja as coisas que nos mobilizam e convidam à prontidão crítica. Como nos ensina o poeta José Paulo Paes: “Cultura não é o que entra pelos olhos, é o que modifica o olhar”.
A mostra CULT 20 anos –Para ver como são as coisas integra o evento Mutarte Mutante, que reúne ainda cinco mostras individuais: Experimento, de Anita Colli; Papyrus Têxtil, de Eunice Liu; Encyclopaedia, de Feres Khoury e Pina in memorium, de Helmut Schippers.
CULT 20 anos – Para ver como são as coisas
Curadoria: Juliano Moraes
Onde: Centro Universitário Maria Antonia/ Usp; rua Maria Antonia, 294, Vila Buarque, São Paulo – SP
Quando: de 17/10 a 18/3/2018; terça a domingo e feriados, das 10h às 18h
Quanto: grátis