Privado: Era meu esse Rosto – Apresentação Regina Zilberman

Privado: Era meu esse Rosto – Apresentação Regina Zilberman

Este é o texto de apresentação de Regina Zilberman para Era Meu Esse Rosto. Agora que faltam poucos dias para lançá-lo em SP, lembrei de postá-lo aqui. É um texto bem bonito que me comoveu muito. Vou sortear um exemplar entre aqueles que quiserem deixar um comentário. 

Um rosto para a literatura brasileira contemporânea

Marcia Tiburi é a autora de três romances soberbos – Magnólia, A mulher de costas e O manto – que compõem a Trilogia íntima. Publicados entre 2005 e 2009, marcam a estreia auspiciosa de um jovem autora, conhecida até então por sua atuação no campo da filosofia e da docência universitária.

Magnólia, o primeiro dos três volumes, é provalmente o que propõe, de modo mais radical, a desconstrução do processo narrativo, ordenando e numerando os fatos ficcionais, como se apresentasse um relatório ou um ensaio científico. Mas o experimentalismo de uma voz narrativa corajosa não recua em A mulher de costas, o segundo romance da trilogia; transfere-se, porém, para outro elemento da construção ficcional: a trama, inspirada pelo mito da salamanca do Jarau, que encontrou seu porta-voz clássico nas Lendas do Sul (1913), de João Simões Lopes Neto, e, mais adiante, na novela de Erico Verissimo, A Teiniaguá, parte fulcral de O Continente (1949), obra, também ela, pertencente a uma trilogia, O tempo e o vento. Em A mulher de costas, é o universo mítico que se constrói e desconstrói, ao mesmo tempo em que a autora paga sua dívida para com a tradição sul-riograndense de que faz parte.

O manto, terceiro volume da série, não é menos desafiador, em primeiro lugar por se oferecer exclusivamente como leitura silenciosa, pois inclui experimentos grafo-verbais que não podem ser traduzidos pela oralidade. Por se apresentarem apenas como possibilidade de apreensão pelo olhar do leitor, colocam-se diante desse enquanto enigma a decifrar a cada passo de sua progressão por sobre o texto. Também a ruptura da linearidade narrativa, com cortes na cronologia do relato, suspende e sacode a tranquilidade de quem busca na ficção um modo de esquecer as agruras cotidianas. Nenhuma rotina resiste aos investimentos criativos da escritora, cabendo ao leitor compactuar com eles, para poder apreciá-los como merecem.

Os romances aparentemente pouco têm em comum, a não ser o risco assumido de inovar, propor novos horizontes de leitura, resultarem da criatividade da mesma autora. Logo, também o conceito de trilogia é matéria de uma provocação, pois aquele supõe, entre as obras que compõem o grupo, afinidade cerrada – manutenção das personagens, continuidade narrativa, cenário constante, recorte de época – enquanto que, em Magnólia, A mulher de costas e O manto, os contatos sugeridos entre os enredos ou entre as personagens são tênues e sutis.

Não é a sequência de enredos e de tempos o que Magnólia, A mulher de costas e O manto compartilham. A afinidade entre os três livros é definida, primeiramente, pela presença, na condição de protagonista, de uma personagem feminina, depois, pela escolha da narrativa em primeira pessoa. Destaque-se ainda que cada protagonista experencia os acontecimentos enquanto os relata, na busca da simultaneidade entre o viver e o contar, sugerindo que os eventos apresentados transcorrem enquanto tomamos conhecimento deles, sem que a personagem saiba em que resultará sua ação, seja enquanto indivíduo, seja enquanto narradora.

Narrativas em primeira pessoa são, seguidamente, retrospectivas. Esse modelo, que conta com ancestrais clássicos, desde a Odisseia, de Homero, cujos cantos IX, X, XI e XII são dominados pela voz de Ulisses, que relembra as façanhas que vivera nos dez anos posteriores à queda de Troia, até os exemplos renomados de Machado de Assis, que, em Memórias póstumas de Brás Cubas ou Dom Casmurro, põe as figuras dos respectivos títulos a recuperar sua trajetória existencial do nascimento à morte, mesmo quando, no caso de Bento Santiago, aquele percurso se transfigure simbolicamente na revelação de um início e de um final irremediável e irreversível.

Escritores do século XX não se conformaram com essa possibilidade, que jogava o romance para o paradigma do memorialismo. Além disso, o emprego da técnica retrospectiva conferia ao narrador confiabilidade inquestionável, apesar de sua perspectiva limitar-se à sua condição particular e interessada, o que deveria fazê-lo suspeito de falibilidade e descrédito.

Machado de Assis, em Dom Casmurro, estende as virtualidades dessa técnica a seus limites, levando o leitor a duvidar da validade e legitimidade das palavras de Santiago, o que coloca o caso narrado – o adultério de Capitu – sob o prisma da parciabilidade. Mas não se trata apenas de duvidar do narrador enquanto sujeito que controla, soberanamente, a enunciação. Afinal, Bentinho conhece o resultado do processo de julgamento das ações de sua esposa antes de começar a relatá-lo à pretendida audência. E é esse pré-conhecimento do narrador que vem a ser sequestrado na ficção contemporânea, cabendo reduzir e, até minimizar, sua esfera de ação. Com isso, recupera-se, no âmbito da criação ficcional, o que usualmente ocorre às pessoas, que ignoram os efeitos de seus atos e nem sempre conseguem monitorá-los.

Essa é a propensão realista da narrativa contemporânea, e, no caso da Trilogia íntima, de Marcia Tiburi, o primeiro fator a aproximar os livros que a constituem. O segundo, como se observou, é a outorga da narração à personagem feminina, embora elas se distingam de um romance a outro.

É a partir desse ponto de coincidência e, concomitantemente, de discordância que se pode pensar Era meu esse rosto, o mais recente romance produzido por Marcia Tiburi. A coincidência – tal como na trilogia, a narrativa é conduzida pela primeira pessoa. A discordância mais flagrante – o portador dessa primeira pessoa pertence ao gênero masculino.

Dois fios narrativos conduzem Era meu esse rosto: o primeiro com que o leitor se depara leva-o ao passado do narrador, constituído pelo seu local de origem, família e infância. O segundo, sobretudo a partir de seu segundo fragmento (não numerado), apresenta o protagonista em uma cidade estrangeira, identificada tão-somente pela consoante V.

Os dois fios têm seus próprios desdobramentos, embora, perto do final do romance, eles se entrelacem. Um deles é numerado em ordem crescente, o outro introduzido pelas marcas de parênteses, como a indicar o lugar que ocupam na trajetória da personagem narradora – um intervalo. Os dois fios expõem também universos distintos: o primeiro detém-se sobretudo na infância, não apenas do protagonista, mas também das personagens que vieram a fazer parte de sua existência, com ênfase especial na trajetória do avô, que, de certo modo, se posiciona na ponta do novelo que a memória do narrador desenrola. O segundo corresponde ao momento presente, pois é conduzido pelo narrador, adulto, auto-suficiente e profissional.

A diferença parece marcar os dois blocos narrativos, o que fica igualmente assinalado pelo tratamento do tempo e da cronologia. O fio narrativo da memória remete para o passado; o da estada em V avança linearmente, desde a chegada da personagem à cidade até o encontro com a pessoa procurada, a religiosa que conhecera Maria de Bastiani, essa constituindo uma das poucas figuras nomeadas no decorrer do romance. Entre os dois conjuntos de capítulos, outra dessemelhança se evidencia: o primeiro é retrospectivo, e o segundo, prospectivo.

Assim, embora a numeração dos capítulos da seção progrida de modo crescente, o enredo vai recuando até os primeiros tempos da migração dos antepassados do narrador para o Brasil. Por outro lado, os segmentos não numerados, ainda que identificados por sua condição intervalar, já que introduzidos por parênteses, andam para a frente, consumindo os dias que o protagonista despende em V.

Há, pois, uma dualidade na construção de Era esse meu rosto, que, na obra, está magistralmente representado pelo grafema onde, no presente da narrativa, se localiza o narrador: V. Essa letra aponta, na sua visualidade, os dois caminhos que se abrem ao leitor, que se dirigirá, de um lado, para o passado da memória, de outro, para o presente do relato. A encruzilhada, cuja matriz encontra-se no mito da Édipo, que igualmente busca sua história pregressa, materializa-se não apenas no espaço geográfico atual onde o narrador está, mas também no ícone que dá conta dele no contexto da página impressa.

Contudo, se o grafema V indica os dois caminhos que se abrem a partir de um certo ponto, colocado em sua base, pode-se, por outra via, cogitar o contrário: as linhas de que está formado marcham na direção de um lugar de encontro. Na sua dualidade congênita, Era meu esse rosto lida com ambas as alternativas. Assim, se o narrador visita dois espaços ao longo da história – o da memória, suscitado, desde o capítulo de abertura, pela casa ancestral; e o da cidade de origem, de onde partira o antepassado fundador do clã –, desenvolvendo, tanto simultânea, quanto sequencialmente, duas trajetórias distintas, experenciadas em períodos dessemelhantes de sua vida, ele está ciente de que, em dado momento, esses percursos se unem, cabendo-lhe buscar o ponto de conexão.

Por isso, há um momento de entrelaçamento dos trajetos, e é o que se revela nas derradeiras páginas do romance. Esse momento tem seu espaço físico – o cemitério, ressaltando-se que a morte é figura que acompanha o narrador em cada segmento da narrativa; mas apresenta igualmente suas determinações temporais – o nascimento e a migração do avô, outras das figuras plenamente instaladas não apenas no andamento do relato, mas também no mundo interior do protagonista.

O avô, personagem ao mesmo tempo dominadora no contexto da família de que o narrador faz parte e dotada de uma percepção muito particular de mundo, ao não estabelecer fronteiras muito rígidas entre o imaginário e o real, é a origem que o narrador busca, a ponta da meada a que pertence o fio de sua própria existência. Essa origem, por sua vez, está calcada na ilegitimidade, seja pelo sigilo que assinala o nascimento da criança fruto de uma relação amorosa irregular, seja pelos fatos que motivaram sua transferência para a América.

Similar ilegitimidade encontra-se na história do narrador, ele também resultado de uma ligação fora do casamento do pai e que determina sua adoção pela família patriarcal onde cresce e educa-se. Há, pois, uma assimilação – quase uma identificação – entre as duas personagens, a do passado e a do presente, mesclando suas vidas e explicando uma pela outra. Por essa razão, buscar o passado, fazer a memória retroceder ao princípio, é igualmente uma forma de conhecer-se, saber de qual rosto se fala.

Não é, pois, acidental a associação com o mito de Édipo, proposta antes. O narrador anônimo busca a si mesmo, mas, ao fazê-lo, descobre um crime – uma ilegalidade – na origem. Não é coincidência também que a revelação ocorra quando a cidade, V, seguidamente, no decurso da narração, equiparada a uma baleia, parece naufragar, resultado da acqua alta que assola o local. Também essa submersão representa o retorno ao começo, que o retrocesso rememorativo buscava.

Atam-se os fios, e emerge o saber, os fragmentos se unem, compondo o mosaico de que se faz o rosto desenhado. Emerge também um romance, tão soberto, enigmático e inquietante quanto os que o antecederam. Mas não menos inovador, desafiante e radical. Marcia Tiburi já mostrou, e agora mostra de novo, o rosto com que ocupa um importante lugar na ficção brasileira contemporânea.

Regina Zilberman

(69) Comentários

  1. Ei Márcia.
    Acompanho seu trabalho e acho lindo ter a chance de aprender a se defender, a pensar, criticar através da escrita ou no meu caso, da leitura.
    Gostaria de saber se você tem algum plano de lançar o livro em Belo Horizonte.

    Abraços.
    Filipe.

  2. Esse ‘novo rosto’ da literatura contemporânea é sucesso garantido. Degustei as páginas em menos de uma semana. Parabéns Tiburi! Vamos ‘tiburiar’ muito ainda!
    Luísa Pontes

  3. A apresentação da profº Regina faz a gente ter muita vontade de ler o livro. Parabéns, Márcia!!!

  4. A Filosofia sempre conversando com a Literatura de Marcia Tiburi. Um enlace perfeito do pensameno filosófico com as letras intensas de uma narração carregada de poesia e sentimento. Como Sócrates dizia que a Filosofia não é só razão, mas a busca amorosa pela verdade, ver a razão e a emoção no romance da filósofa é algo sublime, que surpreende, como o admirar-se de Platão que, segundo o pensador grego, é a primeira atitude do verdadeiro sábio.

  5. Acompanho sue trabalho desda época do Saia Justa e sinto falta de não vê-la mais na TV.
    Admiro como pessoa e me espelho em você para trilhar a minha carreia.
    Sucesso Sempre!

  6. Ainda não li o livro, mas já gostei!
    Belo texto da Regina: provocante e cheio de dados relevantes! Realmente é um convite à leitura!
    Além disso, Márcia, por si só, já é uma referencia de qualidade!
    Ansiedade para o lançamento! Bjs

  7. poderia descrever mais esta obra como a cara da intelectualidade brasileira,diga como è a literatura pela filosofia e estarà altomaticamente descrevendo a personalidade e toda estetica filosofica de Marcia! bjs Anderson Santiago

  8. Márcia Tiburi é escritora e intelectual encantadora. Tive a oportunidade de assistí-la em Ouro Preto-MG. Admiro sua crítica “ácida” e que muitas vezes produz um olhar dês-confiado aos “donos” de verdades universais. Ao ler O olho de vidro fiquei impressionado. Aguardo agora seu novo trabalho… sua mais recente narrativa… seu mais novo “não-lugar”. Abração.

  9. Gostei da proposta – uma remontagem de um rosto através de fragmentos…, uma busca por uma identidade talvez… Só lendo pra saber! bjs e sucesso

  10. Difícil – diria raríssimo – encontrar escritores que unam filsofia e literatura em uma psicologia que conduza o leitor ao inevitável do rosto. Memória e origem, dois caminhos ao encontro, [re] encontro, parece trazer uma perspectiva inusitável de temática bem contemporânea.
    Parabéns, Márcia, pelo trabalho!

  11. “Destaque-se ainda que cada protagonista experencia os acontecimentos enquanto os relata, na busca da simultaneidade entre o viver e o contar, sugerindo que os eventos apresentados transcorrem enquanto tomamos conhecimento deles, sem que a personagem saiba em que resultará sua ação, seja enquanto indivíduo, seja enquanto narradora.” A vida como um entorpecente romance que transborda e atravessa os paradigmas entre ´´real“ e ´´ ficção“!

  12. Fiquei imaginando que o autor aprende do seu livro, dos seus leitores para sempre. O comentario foi realmente emocionante.

  13. Ansiosa para ler. Adorei a capa do livro, simplismente linda. Parabéns!
    Marcia tem alguma possibilidade para lançamento em Belo Horizonte?
    Abraços.

  14. Uma linda e justa apresentação, gostei muito! Ao livro, maravilhoso, fiz apenas uma ressalva. Será que seu senso feminista cogitaria qual seria minha ressalva? Beijo.

  15. A apresentação me fez ansiosa
    pela leitura do livro. Haverá lançamento em BH?

  16. Vi Márcia no Sempre um Papo em Ipatinga – Minas Gerais, há dois dias. Sortearam um livro e uma pessoa com cara de quem não estava nem aí ganhou. Absurdo, kkkk. Agora quem ganha esse ‘trem’ sou eu, hein!

  17. Marcia, o Leonardo Gibson (acima) fez um interessante comentário. Para mim, “Era meu esse rosto” é um belo roteiro de filme com cenário em Veneza (?). O narrador se deixa rasgar até encontrar o retrato e ainda consegue voltar a si – inteiro (?). bj.

  18. Tudo muito interessante, misterioso também…esse rosto desenhado era seu, mas também poderia ser o meu e ainda nenhum deles enquanto tal…rosto graal…

    Parabéns e sucesso, Márcia!

  19. Capa linda!!! Boas as resenhas!!! Amei todos os seus livros que li, especialmente Magnólia. Eu quero!

  20. Parabéns pelo lançamento da obra, Márcia. Estou ansiosa para mergulhar nas páginas! Um abraço, com desejos de sucesso!

  21. Nossa, cada vez mais tenho vontade de ler os seus livros, assisto tudo relativo a vc! Adoro qdo vc fala dos seus livros e sobre literatura em geral. “Ler é a felicidade”!
    Obrigada pela oportunidade de ter um livro seu.
    Abraços e sucesso.

  22. Se a apresentação do livro já é tão interessante, imagina o próprio! Começo essa semana o meu. Parabéns, Márcia!

  23. Você é tão inteligente, adoro suas palestras e entrevistas. Ainda não tive a oportunidade de ler um livro seu, por isso, manda pra mim. Tenho certeza que vou adorar! 😉

  24. Venho acompanhando a produção dessa brilhante escritora, pensadora, filósofa e por que não poeta que mais uma vez me surpreende com outra brilhante produção. Se tivéssemos mais leitores de Marcias Tiburis e menos de Paulos Coelhos nosso país seria melhor. Parabéns Marcia

  25. Um nome como o de Regina Zilberman para apresentação do livro já seria indicação suficiente de leitura. Mas Regina não pode ser só um nome, ela com imensa doçura e clareza faz uma explanação do livro, do percurso literário da Márcia e da própria literatura brasileira. Impossível ler essas linhas e não ficar instigada e ansiosa para ler o livro inteiro. Impossível ler um tweet da Márcia e não querer ler o livro inteiro. Impossível comentar aqui e não ficar torcendo pra ganhar o livro inteiro…

  26. Admirável seu fôlego para a escrita, Márcia! Só gostaria de dizer que esse título me soa particularmente especial, assim como uma lembrança benjaminiana. Quero lê-lo, pois ando escrevendo sobre os rostos (fisionomias) da modernidade na minha pesquisa de mestrado. Felicidades!

  27. Assim como Infância em Berlim, o meu é minha infância em V. Tomara que vc tenha razão. Esse livro é a coisa mais importante – pra mim mesma – que escrevi.

  28. A Trilogia Íntima é um deleite para os olhos e para mente, três livros fantásticos, para muitos e ao mesmo tempo para poucos. Não vejo a hora de ter mais um livro da Márcia Tiburi para minha estante, pois seus livros merecem releituras constantes, pois a cada leitura descobre-se coisas as mais variadas. Ainda aguardo aquele romance sobre um boneco de palha (?!) que a Marcia citou em uma palestra.

  29. Um romance que me parece que não nasceu para dar respostas, mas levantar questionamentos na ligação representada por nós mesmos entre passado e presente. Definitivamente, uma leitura instigante e incansável. Se V são dois caminhos que se unem ou separam-se, isso eu gostaria de saber.

  30. Meu aniversário é daqui a poucos dias, então o livro me cairia muito bem. Espero que a sorte esteja ao meu lado, rs.
    Márcia, seus livros são inspiradores. Pra quem é amante da leitura, não há nada mais estimulante do que um livro bem escrito, e esse talento você tem de sobra. Felizardo será o sorteado. Um grande abraço!

  31. São poucos os cientistas que conseguem quebrar a barreira da academia e escrever para um público além do especializado. Faço mestrado em zoologia, então posso descobrir apenas o efeito das palavras e ideias no mundo da filosofia. Mas admiro a linguagem com que escreve e por isso tenho seus livros na estante.

  32. Muito boa essa apresentação da Regina Zilberman. Foi de bom gosto quando ela citou..”(…)Nenhuma rotina resiste aos investimentos criativos da escritora(…)”. É justamente isso que me provoca em você; quebra dos padrões; da rotina!A capa ficou linda.Espero ler o mais rápido!

  33. A construção do livro nos transpõe a uma figura luminescente, algo que rutila ciosamente. Um cenário nublado, que brilha.
    Caso o exemplar sorteado caísse em minhas mãos, o destino dele não seria uma estante onde tempo o faria mofar. Doaria a uma biblioteca pública aqui na periferia de São Paulo, onde vários rostos precisam se apagar para se reconstruir.

  34. Eu estou escrevendo uma resenha sobre o Era meu esse rosto para apresentar no Seminário de Literatura e Criação Literária da Universidade Estadual de Montes Claros. =) Tem sido bastante proveitoso perceber as diferentes matizes entre o …esse rosto e os livros da Trilogia íntima. Beijo, P.

  35. Eu fugi da escola e não vou entender nada, só entendo livros fáceis tipo do Schopenhauer , Cioran, que quase desenhavam pra gente entender! Por isso nem me atrevo mais a ler romances!

  36. Um belo texto de apresentação! Não li o livro e já gostei!
    Regina foi muito feliz nas suas palavras e Márcia teve muita sorte em escolher a sensível Regina.
    Márcia, apesar de ser uma intelectual e representante da Academia, tem a sensibilidade de poucos e escreve de forma envolvente!
    Parabéns!

  37. Precisar aprender mais e entender para poder se comunicar melhor. Pois um analfabeto funcional é um T.D.A. É um ser a procura do próprio entendimento. Essa é a filosofia do “néscio”. _Conheço uma pessoa assim, seria um bom motivo para presentear, acho!

  38. Márcia,
    Belo texto, sem dúvida.
    Ao final, a vontade é sair correndo para uma livraria para começar a ler o livro.
    Conhecendo seu trabalho, tenho certeza que será uma bela leitura.
    Parabéns pela escolha da Regina que acerta nas palavras e no conceito.
    vou ler e depois te falo.
    obrigado e sucesso.

  39. A crônica da Regina sobre seus livros está maravilhosa. E concordo com ela, sua escrita é inovadora e desafiadora, e cabe ao leitor se deixar levar por ela. Li “Magnólia” há pouco tempo, e fiquei maravilhada. Adorei ter lido um livro em tal formato, como nunca havia lido antes. Mal posso esperar pelos outros romances da trilogia e por “Era meu esse rosto”.

    Abraços!

  40. Ao ler o fragmento do livro desfragmentei-me em vários e congelei dentre a variedade que me despedaçava o que em mim tende sempre ruminar. Gosto da escrita Tiburiana, Cada parágrafo me leva a viagens em lugares ontológicos que ainda não havia habitado; é assim com seus artigos, suas palestras e nesse formato chamado literatura do qual você tem abusado as palavras e abusado leitores curiosos e ávidos por palavras que de suas orgias ocultas fazem o outro que sou sentir por um viés até então desconhecido.
    Obrigado por fazer sempre com que a potência das suas palavras se faça ato em minha leitura e minha leitura se faça potência no momento em que recomendo para um lindo amigo: Leia qualquer romance da Márcia Tiburi, é revelador!

  41. O quanto do passado há em nós? O quanto não sabemos do passado? O quanto não temos coragem de saber? O quanto o imaginamos? O quanto nos enriquece, fortalece e nos desencoraja?
    O quanto nossas lembranças misturam-se desalinhadas em nossa mente e nos lançam incógnitas, sinais modestos, porém marcantes? Da vida se muda pouco? Resta pouco a ser mudado perante o passado sinuosamente condenante?
    O rosto não é mais puro? Nunca foi puro? Já nasceu fadado a um começo pré-definido, a um começo nas sombras? O que é a sombra?
    O mundo tem uma face falsa? Nunca encontramos o que desejamos buscar?

    Deliciem-se com diversas questões!

  42. Leitura magistralmente encomendada pela resenha da Prof.ª Regina Zilberman. Aproveito, após tempos como leitor de teu blog, para registrar meu agradecimento pelas leituras proporcionadas e ainda concorrer a um exemplar do livro.

  43. Marcia, seus trabalhos são lindos e instigantes. Acompanho seu blog cotidianamente e me encontro em muitas de suas escritas. Parabéns pelo novo livro, espero ganhar o exemplar do sorteio.

  44. Márcia, estou acostumado a ler a CULT essencialmente pelos assuntos abordados por você. Acho seu discurso de uma elaboração comovente, embora os temas nem sejam “tão eufóricos”… rs…. Mas a lucidez de sua visão sempre me captura e a forma com que adentra nesta “floresta densa – de alguma forma um tanto obscura” e nos traz mais sadios frutos enche a alma de uma certeza de que ver ainda é mais importante que “bovariar”.
    Ler a apresentação da Regina, maravilhosa e rica, e vir a saber da trilogia e de seu novo livro – só tenho Filosofia In Comum (que utilizo para as aulas de arte e outros) – me fez ansiar ter suas obras e le-las com o devido sabor.
    Espero ser o sorteado.
    Em todo caso, deixo o parabéns pelo belo trabalho que vem desenvolvendo, com sua capacidade de articulação de conteúdos que me dão o verdadeiro gosto de uma leitura consistente e prazerosa!
    Abraços de um fã com similar inquietude – que também está feliz de encontrar seu blog, finalmente!
    Érico

Deixe o seu comentário

Novembro

Artigos Relacionados

TV Cult