Especial | Paulo Arantes: a teoria crítica em movimento
(Foto: Marcus Steinmeyer)
Este número especial dá notícia do que tem acontecido com as aventuras da dialética negativa no Brasil. A escavação contemporânea – precisando ir muito além de operações de resgate e salvamento, não podendo apenas arrancar a tradição crítica brasileira aos conformismos que sempre quiseram apoderar-se dela – representa a busca de sua radicalidade mais funda. Sucede que ela pode ser encontrada, agora, sob o nome e o renome de um professor de dupla carreira: por dentro da universidade e fora dela.
Verdade que nem sempre Paulo Eduardo Arantes (1942) se daria por achado nessas reapresentações de sua trajetória. Seu apreço por “análises concretas de casos concretos” vai desde a tese de doutoramento (Hegel: a ordem do tempo, defendida na França em 1973) até O novo tempo do mundo (2014) e Formação e desconstrução (2021), coincidindo ainda com a mencionada duplicidade: o professor que Arantes nunca deixou de ser (sua presença em sala de aula por exatos 30 anos, até a aposentadoria; recentemente, algo mais de 40 lives em 15 meses de pandemia, de março de 2020 a junho de 2021) e a experiência do intelectual anticapitalista, que ele não parou de transformar em força produtiva. Desbloqueio do Novo no coração da teoria crítica?
Organizando e participando do “Seminário das Quartas” (2001-2020), elaborando coleções como Zero à Esquerda e Estado de Sítio, coordenando cursos na Escola Nacional Florestan Fernandes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) (2005-2007), orientando, coorientando e examinando projetos
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