Donzela Guerreira

Donzela Guerreira

Uma mulher que corta os cabelos, se veste como homem, cinge os seios, pega em armas e vai à guerra. A donzela guerreira existiu em diferentes culturas e tempos históricos, por isso, exemplos dessa heroína podem ser encontrados tanto na realidade como na literatura, por meio de personagens como Joana d’Arc (1412-1431), a Rainha Ginga (1582-1663) ou Diadorim, de Grande Sertão: Veredas. O tema é resgatado pelo grupo musical Anima, que lança o álbum Donzela Guerreira, acompanhado de um livro que permite o aprofundamento no assunto.

“O mito da donzela guerreira traz essa conciliação entre feminino e masculino, é um mito universal, de diferentes culturas e épocas e, por isso, é admirado e explorado”, afirma a flautista Valeria Bittar. O trabalho dos músicos foi baseado no livro A Donzela Guerreira – Um Estudo de Gênero, da professora titular de literatura da USP Walnice Nogueira Galvão, que enumera os atributos da guerreira, entre eles sabedoria, virgindade e visão.

As dez faixas do álbum são divididas em três seções, baseadas na trajetória da heroína. “No primeiro ato apresentamos os três atributos sem entrar na narrativa dos fatos.” Já na segunda parte, a alma masculina é introduzida: “Abordamos desde o diálogo entre a moça e seu pai até a hora em que ela vai para a guerra, se veste de homem e depois de sete anos de batalha se vê apaixonada por outro homem”. O momento final é marcado pela conciliação entre a alma feminina (anima) e a masculina (animus) e a possibilidade de seu encontro por meio da morte.

Donzela Guerreira
Selo Sesc
R$ 25

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