Doce invasão
Liniker, 28, cantora
Liniker, Rico Dalasam, Assucena Assucena, Raquel Virgínia e Wallace Ruy refletem sobre as potências da arte militante na música popular brasileira
Liniker, 28, cantora “É bonita a força de cada um desses trabalhos, o discurso, a representatividade, a união, a parceria. Quando existe espaço para que esses encontros aconteçam, tudo fica mais forte. Ser contemporânea das pessoas citadas e ter a experiência de outras que não estão aí, mas que fizeram muito com sua força política e musical, é engrandecedor. Quanto mais chegarmos a lugares que nunca chegamos, mais serão lugares importantes, porque socialmente somos excluídas de muitos desses postos de representação. Levar nossas vozes para os palcos e embates políticos é um bem danado porque outras pessoas que não chegaram ali se sentem representadas no nosso discurso. Não podemos falar por todo mundo, mas quando fazemos por nós acho que nos aproximamos disso.”
Wallace Ruy, 31, atriz (Arquivo Pessoal)
Wallace Ruy, 31, atriz “Apesar do progresso das reflexões acerca do (cis)tema que impõe às pessoas uma camisa de força sociopolítica-cultural, ética e moral, ainda é uma tarefa ardorosa comunicar-se pessoal e artisticamente em uma cultura ainda dominada por conceitos normativos higienistas. A arte (trans)gressiva é uma denúncia à arbitrariedade e à violência dessa ditadura ostensiva de comportamento, que nos diz o tempo todo: Não faça! Não seja! Não vista! Converta-se ao caminho “natural” das coisas, praxe dessa máquina produtora de desigualdades e moralismo
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