Privado: Da aldeia à Teia global
Vinicius Andrade Pereira
Ilustração Adriano Paulino
Em 21 de julho próximo, Herbert Marshall McLuhan completaria 100 anos. Canadense, nascido em Edmonton, faleceu em Toronto, aos 69 anos, no dia 31 de dezembro de 1980, vítima de um derrame que lhe acometera cerca de um ano antes. Nas duas décadas seguintes à sua morte, contudo, sua obra foi se tornando mais e mais viva, especialmente após as profundas transformações que as sociedades experimentaram, afetadas pelas novas tecnologias de comunicação. Os exemplos dessa revalorização da obra de McLuhan são fartos e vão desde o fato de a revista Wired – bíblia para os estudiosos das tecnologias digitais – nomeá-lo como patrono até o conjunto de publicações lançado nas duas últimas décadas que busca celebrar e repensar o legado intelectual do mestre de Toronto, particularmente no que diz respeito ao enfrentamento dos desafios que nos impõe o complexo cenário comunicacional e midiático contemporâneo.
O fato curioso em meio a toda essa redescoberta da obra de McLuhan é que, ao falar em novas tecnologias, ou novas linguagens midiáticas, o estudioso canadense se referia basicamente ao que tomamos hoje como velhas tecnologias: o cinema, as novas linguagens radiofônicas – com o aparecimento da figura do DJ, por exemplo – e principalmente a TV. Ou seja, nada do que possa comparecer como novidade, muito menos revolucionário, nos dias atuais.
Aliás, uma de suas ideias mais famosas e reafirmada como uma de suas mais importantes “previsões” – a de que o mundo se transformava em uma aldeia
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