Crítica e celebração de Mark Twain
(Wikimedia Commons)
Lançado em 1864, Aventuras de Huckeberry Finn, de Mark Twain, logo se tornou o romance fundador da moderna literatura estadunidense. Ainda que a recepção inicial dos críticos tenha sido fria e decepcionante, com o tempo a obra colecionou elogios de T.S. Eliot (“uma obra-prima”), Ernest Hemingway (“Toda a escrita americana vem disso. Não houve nada antes. Não houve nada tão bom desde então”) e Jorge Luis Borges (“É, simplesmente, um livro feliz”), entre outros.
Nascido em 1835, Samuel Langhorne Clemens, que mais tarde adotaria o nome artístico Mark Twain, foi livreiro, piloto de barco a vapor, jornalista, contador de histórias, autor de best-sellers, editor, comentarista político, defensor da igualdade racial e flagelo do autoritarismo. Morreu em 1910, aos 74 anos, de ataque cardíaco, deixando ao menos uma obra-prima: Huckleberry Finn.
O livro conta como Finn, o narrador, foge de casa para viver uma série de aventuras ao lado do escravo fugitivo Jim. Em uma jangada, os dois descem o rio Mississippi e vivem situações extraordinárias. Sua escrita rompeu com a formalidade do inglês britânico e capturou o som da fala americana viva.
O livro também serviu por muito tempo como um ponto de ignição na história das relações raciais nos Estados Unidos. Até hoje, Twain provoca críticas pelo uso de termos racistas, admiração por sua representação sensível de Jim e aplausos pela emocionante afirmação de Huck de que ele preferiria ir para o inferno a entregar seu amigo negro à lei.
“Para mim, que fui um adolescente neg
Assine a Revista Cult e
tenha acesso a conteúdos exclusivos
Assinar »





