Cinema em voga

Cinema em voga

Ciclo de palestras debate o cinema brasileiro, norte-americano e suas manifestações

Os cinéfilos têm programação garantida entre o final de fevereiro e o início de junho. Histórias do cinema em questão: as indústrias de sonhos é um ciclo de oito palestras quinzenais, promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, que pretende debater o cinema brasileiro, norte-americano e suas manifestações, como o western de Hollywood e as chanchadas nacionais da década de 1930. No evento, estarão reunidos cineastas, críticos, estudiosos e cinéfilos; o curador da mostra, o jornalista João Máximo, diz que este “é uma espécie de cineclube, com a projeção de cenas de filmes que estão sendo debatidos pelo palestrante”.

O cinema brasileiro será abordado através de reflexões do diretor Carlos Manga e da jornalista e crítica de cinema Susana Schild sobre as companhias Atlântida e Vera Cruz. “A Atlântida foi o primeiro estúdio que tentou dar viabilidade ao cinema como indústria e como comércio, através das chanchadas carnavalescas. Mas a crítica brasileira, afinada com a produção americana e com o francês Cahiers Du Cinéma, não aceitava aquilo como cinema”, explica Máximo à CULT. “As chanchadas tinham limitações técnicas, mas eram um grande divertimento para o público brasileiro e um bom mercado de trabalho para os produtores de cinema”, completa.

Além disso, o cineasta Silvio Tendler abordará como o cinema documental pode contribuir com o conhecimento da história, enquanto Ely Azeredo versa sobre a cinematografia na atualidade. De acordo com Máximo, os cineastas continuam dependendo de patrocínios, já que as produções estão mais sofisticadas e, consequentemente, dispendiosas: “Temos fotografia e som no nível internacional, mas muito mais caros; então, não há estúdios ou cineastas que possam bancar com os gastos sem o patrocínio”.

A produção norte-americana e o humor em Hollywood são os temas da palestra de Ruy Castro. Já Rodrigo Fonseca fala sobre o western norte-americano, que, para Máximo, é “uma invenção de Hollywood: o cinema criou suas próprias mitologia e linguagem”. O filme noir dos anos 1940 e 1950 e a evolução dos filmes hollywoodianos serão abordados por Sérgio Batista e pelo próprio João Máximo.

Histórias do cinema em questão: as indústrias de sonhos
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66 – Rio de Janeiro
Às terças-feiras, de 23 de fevereiro a 01 de junho, às 18h30
Entrada Franca  Programação

– 23 de fevereiro de 2010
Os anos dourados da Atlântida, com Carlos Manga  – 09 de março de 2010
O humor em Hollywood, com Ruy Castro – 23 de março de 2010
O western que Hollywood inventou, com Rodrigo Fonseca

– 06 de abril de 2010
Filme noir: o mistério cor de cinza, com Sérgio Batista

– 20 de abril de 2010
O sonho da Vera Cruz, com Susana Schild

– 04 de maio de 2010
O cinema brasileiro no século 21, com Ely Azeredo

– 18 de maio de 2010
O cinema na história e a história no cinema, com Silvio Tendler

– 01 de junho de 2010
Os musicais do cinema: 90 anos de canto e dança com João Máximo

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