Benedito Nunes e o teatro
Benedito Nunes (Foto Elza Lima)
Analisar práticas culturais significa também fazer uma reflexão sobre as relações entre sujeitos e instituições, com o objetivo de pensar e articular ações que se proponham a modificar ou criar mecanismos de “modernização” da cultura. No complexo emaranhado entre pensamento e prática, a arte tem um papel fundamental para pensarmos sobre teorias culturais e a organização da sociedade.
Nesse universo de possibilidades de leitura, as relações entre cultura e pensamento, entre práticas sociais e arte, destaco a importância de grupos de teatro e de intelectuais ligados ao setor, para, nesse caso especial, elucidar questões importantes para a história e a cultura amazônica/paraense. Tal percurso é marcado pela presença de Benedito Nunes à frente de um importante movimento: o teatro amador do século 20.
A presença de Benedito Nunes no teatro local se deu de maneira diversa, apesar de breve, mas significou uma potência tanto para a produção da época como para os estudos posteriores sobre a história do teatro na região Norte do país. Sua presença nessa história pode ser elucidada não somente no nível do pensamento sobre a modernização das instituições e da arte e da cultura amazônicas, através de seus textos críticos (disponíveis em livros, jornais, cartas etc.), como também em sua participação no grupo de teatro Norte Teatro Escola do Pará (1957-1962), conduzido com sua esposa Maria Sylvia Nunes e sua cunhada Angelita Silva.
Somada a tais fatores, destacamos, ainda, sua passagem pela administração e docência
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