Balanço da Fliporto
Jaqueline Gutierres
A sétima edição da Festa Literária Internacional de Pernambuco, a Fliporto, terminou na noite de ontem, 15 de novembro. O evento, que contou com nomes como Gonçalo Tavares, Nelson Pereira dos Santos, Frei Betto, Joumana Haddad e o Prêmio Nobel de Literatura Derek Walcott, atendeu às expectativas, segundo os organizadores. “Ele rendeu um bom diálogo e uma visão interessante sobre a contemporaneidade e a questão do Oriente”, avaliou o curador-geral, Antônio Campos.
A Festa recebeu 80 mil pessoas, entre todas as atividades que disponibilizou, embora 30 mil delas tenham se concentrado apenas para assistir ao show gratuito de Jorge Benjor. Quanto ao congresso literário, com a programação de maior prestígio do evento, a presença do público variou. Nos painéis da manhã, o espaço chegava a ter, em média, apenas um terço de sua capacidade ocupada. Durante o dia, esse índice aumentava, principalmente em mesas com palestrantes como o Nobel, Derek Walcott. “É uma tenda para quem gosta de literatura. Estávamos esperando preencher 40% a 60% do espaço, onde cabiam 900 pessoas, e conseguimos atingir este número”, destacou Campos.
A edição, que tinha como tema “Uma viagem ao Oriente” e como homenageado o escritor e sociólogo pernambucano Gilberto Freyre, teve 33% de público a mais do que a festa de 2010, segundo os organizadores. “Este ano foi bem melhor que o anterior, em programação e estrutura. Acompanhei a mostra de cinema, algumas palestras do congresso e a programação infantil”, comentou Mariana Reis, de 27 anos.
O espaço, localizado na Praça do Carmo, foi batizado Cidade das Letras e somava aproximadamente 20 mil m², com 27 tendas. Entre as atividades, além do congresso literário, destaque para o Cine Fliporto, que homenageou Guel Arraes e Tizuka Yamasaki, a Eco Fliporto, que além dos eventos, plantou 400 mudas de baobá nos arredores da praça, e para a Fliporto Criança, destinada ao público infantil, com tenda de brincadeiras matemáticas, em homenagem ao professor Malba Tahan.
A feira do livro, que além das obras para compra, era espaço das sessões de autógrafos, vendeu mais de 15 mil exemplares. Durante os cinco dias do evento, R$ 10 milhões foram movimentados na cidade – a maior parte nos setores hoteleiro, gastronômico e editorial.
