As crises e a encruzilhada brasileira

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As crises e a encruzilhada brasileira
(Arte Revista Cult)
  A crise econômica que se estendeu de 2014 a 2016 desdobrou-se nas crises política, ambiental e social em que estamos profundamente submersos. Nesse contexto, o direito não apenas jogou um papel fundamental, como esteve no epicentro das decisões que transferiram aos mais pobres a fatura econômica da crise.  A crise política tem sido uma constante desde a eleição presidencial de 2014 e também a não aceitação do resultado por parte do candidato derrotado. O que decorreu disso é conhecido por todos: inviabilização do governo eleito por parte do parlamento e do judiciário; criminalização que aumentou o descrédito e a desesperança na política; crise de representatividade; protagonismo e interferência de integrantes das forças armadas; fraude eleitoral; corrupção e autoritarismo.  A crise ambiental se aprofundou com as políticas de desmonte e sucateamento dos órgãos ambientais de proteção e fiscalização, negação de dados científicos, estímulo de autoridades aos crimes dos madeireiros, expansão do agronegócio e das mineradoras, especialmente no cerrado e na região da Amazônia. Em curto e médio prazo, são imensuráveis e irrecuperáveis os danos que essa forma predatória de exploração trará para esta e futuras gerações. Profundos, cruéis e igualmente graves são os efeitos sociais da crise econômica para a classe trabalhadora. O congelamento dos investimentos em saúde e educação por vinte anos, a precarização do trabalho, o ataque à proteção previdenciária, o estímulo e a proteção legal à violência

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