Lei da Alienação Parental e a violência contra mães, adolescentes e crianças
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Protesto no Congresso nacional contra a Lei da Alienação Parental, em 2019 (Danilo Borges/Câmara Dos Deputados)
Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais. As neuróticas reagem.” A icônica frase rodrigueana é apenas a ponta do iceberg de sua obra. Temáticas como incesto, pedofilia, adultério e prostituição continuam a escandalizar e a despertar curiosidade por parte do público. Além de causar polêmica, o que parece ter inspirado o escritor pernambucano foi o intuito de denunciar a hipocrisia da sociedade à época e a imagem do homem de família. Seria ele cancelado nos dias atuais ou motivo de tirar o chapéu por parte daqueles que se identificam com tal conteúdo machista e se sentem autorizados a perpetuar tais atitudes?
O fato é que a violência doméstica não só contra mulheres, mas também direcionada a crianças e adolescentes, é uma questão política que vem se agravando intensamente sob a forma de um problema global de saúde pública. Que dispositivos alimentam essa engrenagem?
As linhas que se seguem pretendem criar desdobramentos a partir desse cenário, além de questionar os ataques ao exercício da maternidade, em situações de abusos sexuais intrafamiliares, respaldados pela Lei de Alienação Parental nº 12.318/2010. E, quem sabe, assim as verter em movimentos tangenciais a esse circuito mortífero, que toma os corpos de mulheres, crianças e adolescentes como um lugar privilegiado para consumação de técnicas e relações de poder.
Através da ONG Vozes de Anjos, além de militarmos pela revogação da Lei de Alienação Parental, oferecemos um suporte emergencial psicológico e assessoria jurídica às centenas de casos que busca
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