Direito de resposta: “Entre o preto e o branco: as parditudes como ode à mestiçagem”

Direito de resposta: “Entre o preto e o branco: as parditudes como ode à mestiçagem”

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Direito de resposta à reportagem “Entre o preto e o branco: as parditudes como ode à mestiçagem”, de Matheus de Moura, publicada na Cult 307, de julho de 2024:

Na data de 25 de junho de 2024 a Revista Cult, de propriedade da Editora Bregantini, publicou a matéria “Entre o preto e o branco: as parditudes como ode à mestiçagem”, na edição 307 (Dossiê: A Questão do Pardo no Brasil – Discussões sobre identidade, desigualdade racial, política de cotas, fronteiras coloniais, colorismo e autodeclaração), escrita por Matheus de Moura. Eu fui um dos que foram entrevistados, mas a reportagem dez descrições sobre a minha pessoa que estão fora da realidade. A matéria deu a impressão de que faço parte daqueles que possuem ressentimentos “contra negros ou contra a categoria negro” ou contra o Movimento Negro”, o que não é verdade e passa a impressão de que a minha atuação tem propósito racista. É possível que as pessoas pardas se unam as pessoas negras para a superação do racismo e da sub-representação nos espaços de decisão, sem que a população parda tenha que se declarar como integrantes de outro grupo étnico-racial.

Outro ponto da reportagem, indica que “influencers, acadêmicos e pseudoestudiosos das relações raciais aglutinam esses discursos ao redor de si e regurgitam perspectivas conservadoras sobre o que é ser pardo, reivindicando de forma mais sistemática que a categoria ‘pardo’ seja subtraída do grupo “negro” e vire algo próprio”. Como não foi descrito especificamente sobre o entendimento que a reportagem deu em relação a à minha pessoa (influencer, acadêmico ou pseudocientista), e não foi descrito de forma evidente que a minha atuação é acadêmica, o leitor poderá pensar que sou um pseudocientista ou entender que a minha atividade se resume a ser um influenciador digital na internet com um livro publicado, visto que possuo, além do livro “Pardos”, artigos que tratam das questões das populações branca e negra, mas, como um todo, ela possui as suas próprias questões. Além disso, o rótulo de “conservador”, ainda que com o adjetivo “brando”, dá a impressão ao leitor, que a minha atuação é antiprogressista, o que não é o caso.

Denis Moura dos Santos

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