Asterix é fascista?
Um dos ícones da cultura francesa, Asterix foi tachado de “fascista” por um dos mais importantes filósofos do país, Michel Serres.
A polêmica teve início em declaração de Serres à rádio France Info, onde ele acusou o herói gaulês de fazer “um elogio do fascismo e do nazismo”. E explicou o porquê: “ele sempre resolve todos os problemas no braço, sem exceção, como se a força física fosse uma solução para todos os problemas e todos os males”.
Autor de A Guerra Mundial e Variações sobre o Corpo (Ed. Bertrand), Serres também diz que a poção mágica, que torna o personagem de Uderzo e Goscinny imbatível, é uma “apologia das drogas”.
A polêmica se estendeu ao site da revista Les Inrockuptibles, onde o cientista político Damien Boone defendeu a dimensão “mágica” e imaginária da poção de Asterix e acusou Serres de ignorar “o próprio estilo” do gênero história em quadrinhos.
Boone também lembrou que, durante a Segunda Guerra, Asterix foi usado como um símbolo da resistência à ocupação nazista – e também por isso não poderia ser chamado de fascista.
(2) Comentários
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Assim, não vai demorar a alguém acusar Jesus Cristo de fazer apologia ao alcoolismo ao transformar água em vinho… Sem contar Popeye, se sentindo poderoso com aquelas folhinhas verdes “da lata” e o Pica-Pau, com toda aquele culto à violência…
Não tem como o Asterix ter sido usado como símbolo de resistência à ocupação nazista durante a Segunda Guerra porque o Asterix foi criado em 1959. Aliás, o Uderzo e o Goscinny só se conheceram em 1951. E a Segunda Guerra acabou em 1945.
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