Ser mãe é um trabalho
(Arte Revista CULT)
Por Anucha Prisco
Mães,
Somos a fonte (geramos) e as guardiãs (cuidamos até a fase adulta) da força de trabalho deste mundo. Desta forma, no desigual sistema econômico em que vivemos, baseado na exploração da mão-de-obra, a maternidade é uma grande potência (inclusive econômica e política)! Vamos enxergar para além do avassalador amor que sentimos, vigiando para que a romantização do ato de gerar outro ser não nos inebrie de tal modo que não reconheçamos o nosso fundamental papel não só na vida dos nossos amados filhos, mas também como parte fundamental de uma cadeia produtiva.
Ouço sempre a expressão “quem pariu Mateus que balance”, como se o importante papel de gestar existisse apenas para a satisfação pessoal de uma mulher. Porém, apesar de compreender que a decisão de gerar ou não um filho cabe a nós e somente a nós, as que decidem livremente se tornar mães, decidem também dar à espécie humana o direito de continuar existindo.
Qual o suporte e valorização recebemos por um labor tão grandioso?
Ser mãe é um trabalho.
Anucha Prisco, 33, é pedagoga em Salvador – BA
(1) Comentário
Que visão nova , ampla e grandiosa da maternidade! A sensação que Anucha nos da com sua visão de vanguarda é a de que precisamos estar em constante ampliação do nosso olhar para o mundo! Parabéns Anucha!