O fracasso da argumentação
Muitas vezes esquecemos que a verdade é algo que se busca e passamos a usá-la como se ela fosse algo dado (Arte Revista CULT)
Considerando a cada vez mais comum desvalorização do conhecimento que veio a se transformar em uma verdadeira criminalização da lógica, convém que nos dediquemos a entender as figuras falaciosas por meio das quais podemos compreender a falta de sentido dos argumentos que transitam na vida cotidiana pelos discursos afora e, evidentemente, em nossa época, no desfile de ideias e opiniões que vemos nas redes sociais.
Cabe ressaltar que a fala humana é irregular porque marcada por afetividades e por compreensões parciais dos fenômenos. A parcialidade, a não neutralidade, faz parte da vida, porque vemos tudo dentro de nossos horizontes de compreensão, o que envolve nossa tradição e formação.
Historicamente confiamos nas pessoas que estudam, que tentam entender um fenômeno, que se dedicam a compreender temas e questões com profundidade mediante pesquisas e investigações. A universidade como instituição surge no final da Idade Média para dar lugar ao interesse cada vez maior das pessoas com o que se pode saber. Mas também para tratar com seriedade, atenção e cuidado de um aspecto fundamental da vida humana que é a curiosidade, justamente o que nos leva ao conhecimento. E o que é o conhecimento? Ele é o encontro do outro, a sua descoberta.
Verdade é o nome próprio daquilo que todas as ciências, as artes e a filosofia sempre buscaram. E a universidade foi a principal instituição a tentar protegê-la. Ao mesmo tempo, é evidente que as instituições implicam o poder. Por isso, fazemos sempre um “contrato social” em torno del
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