Privado: O desconforto da reprodução

Privado: O desconforto da reprodução
Fotos Creative Commons por Gunter Karl Pressler Qual é a importância desta nova publicação? E quem vai lê-la? Não sei. Gostaria de responder em seguida essas perguntas de forma mais elaborada e em vista de uma contribuição a um futuro estudo. Desde meados da década de 1920, Walter Benjamin desenvolveu reflexões sobre a estética como teoria da percepção diante das mudanças do mundo moderno no século 20, que já incluíam os termos usados hoje nas mídias. Nenhuma novidade, por exemplo, nas técnicas inovadoras do dramaturgo Erwin Piscator e no cinema expressionista. Detlev Schöttker reuniu 51 trabalhos de Benjamin sob o título Medienästhetische Schriften (“Escritas de uma estética das mídias”, publicado em 2002, infelizmente só em alemão). Nos meados da década de 1930, Max Horkheimer e Theodor W. Adorno começaram a articular ideias semelhantes na própria dinâmica da teoria crítica. O projeto de uma antologia com o título A arte do consumo de massa (1936/37) não se realizou. A particularidade da argumentação de Benjamin sobre a reprodutibilidade técnica e seu papel na emancipação do sujeito histórico não agradaram a Adorno/Horkheimer, que estavam desenvolvendo a teoria do “caráter afirmativo da cultura”; a cultura de massa foi rejeitada como regressão e manipulação. Somente na década de 1960 começou a crítica desta visão da cultura de massa. O ensaio de Benjamin saiu em francês e não em alemão. Benjamin queria uma entrada no ambiente da intelectualidade francesa. André Malraux reagiu; sobre isso, veja Edson Rosa da S

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