Privado: O artesão da publicidade
Manuel da Costa Pinto
"Nasci no dia 29 de setembro, que é o dia de São Gabriel Arcando - o arcando da Anunciação - e dia mundial do anunciante. Eu não podia ser outra coias na vida...", diz o publicitário Washington Olivetto, 50, criador de algumas das campanhas mais célebres da televisão brasileira - como a da Bombril (com o ator Carlos Moreno) e a série com o ratinho da Folha de S. Paulo. Maior responsável pela valorização da MPB na publicidade brasileira ("Meu radar social é a música popular; é a partir dela que eu entendo o mundo"), o convívio com compositores, artistas plásticos e escritores faz de Olivetto a pessoa ideal para discutir o diálogo cada vez mais intenso da publicidade com os diferentes gêneros artísticos. Entretanto, ele faz questão de estabelecer limites precisos entre expressão estética pura e o caráter artesanal (e impessoal) de seu ofício - além de explicar (nesta conversa concedida em sua agência, a /Brasil) por que nunca embarcou na tendência do marketing político e de falar sobre o efeito invasivo de anúncios e comerciais no cotidiano do público. Convencido de que as três melhores coisas que o Brasil produz hoje são música, publicidade e futebol, Olivetto também está prestes a deixar uma marca na história de seu time do coração com o lançamento, neste mês, do livro É preto no branco - A verdadeira história do Corinthians, escrito em parceria com o jornalista Nirlando Beirão.
Nos últimos anos, algumas atividades de criação - como a publicidade e a moda - vêm cada vez mais se aproximando dos gêneros
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