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Sofia Nestrovski Democracias Existe uma idealização amplamente difundida em torno da antiga cidade-Estado de Atenas – ela é tida não só como o berço da cultura Ocidental clássica, mas também da democracia. O intelectual italiano Luciano Canfora acompanha os percursos da democracia ateniense a partir de fontes históricas interdisciplinares, revelando muito do que não sabemos e contradizendo muito daquilo que acreditávamos saber, ao mesmo tempo em que contempla as relações existentes com as democracias de hoje. A profundidade de sua pesquisa aborda as tensões externas que Atenas sofria, como nos conflitos com Esparta, e também se debruça sobre as críticas que os próprios intelectuais atenienses faziam ao regime político. Os problemas sociais da pólis são investigados e colocados em um contexto histórico e social amplo, assim como as soluções – nem sempre eficazes – oferecidas para saná-los e as utopias que então se desenhavam no horizonte. O mundo de Atenas Luciano Canfora Companhia das Letras R$69,90 576 páginas Ficção no limiar Alessandro Baricco traz agora à realidade um pequeno livro que ele já inventara na ficção – mais especificamente, em seu romance anterior, Mr Gwyn, no qual Três vezes ao amanhecer é brevemente mencionado. O livro é composto por três narrativas entrelaçadas, que se estabelecem em situações de limiar: entre a noite e o dia, o conhecido e o desconhecido, ou em meio às transições difusas entre o real e o ficcional. Cada narrativa retrata um breve encontro entre desconhecidos solitários e sem la