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Amanda Massuela Cem anos de José J. Veiga Em fevereiro de 2015, comemora-se o centenário do escritor e jornalista José J. Veiga, celebrado autor goiano cujos contos e romances atraíram os olhos da crítica, nos anos 1960, pela singularidade e estranheza de sua ficção – comumente associada à literatura fantástica de Gabriel Garcia Márquez e Júlio Cortazar. Para celebrar os feitos literários de Veiga, que rejeitava tais aproximações com o realismo mágico, a Companhia das Letras inicia a reedição completa de sua obra a partir deste mês. Com sugestões de leituras, fotos do autor e prefaciadores convidados, a coleção retoma o trajeto ficcional de Veiga com o livro de contos Os cavalinhos de Platiplanto (1959) e A hora dos ruminantes (1966), considerado o mais importante dos romances do autor. Nele, a cidadezinha de Manarairema é tomada por uma série de acontecimentos insólitos: centenas de cães e bois invadem as dependências da cidade, deixando os moradores acuados em suas próprias casas. Da mesma forma, sonho e realidade se confundem nos doze contos presentes em Os cavalinhos de Platiplanto, estreia de Veiga na literatura, aos quarenta e quatro anos, que na reedição da Companhia das Letras ganha prefácio do escritor e ensaísta Silviano Santiago. História e poesia Filha de Zeus e Mnemósine, Clio é a musa grega da História que junto das oito irmãs simboliza o mundo da ciência e das artes. A ela é dedicado o mais recente livro de poemas de Marco Lucchesi, escritor, poeta e tradutor membro da Academia Brasileira de Letras. Dividido em três pa